Por Camila Abrão:
Um vídeo que está correndo nas redes sociais e divulgado aqui no blog nesta segunda-feira, em que policiais militares do Paraná treinam ao som de uma canção violenta, dividiu os internautas: há apoiadores ferrenhos da polícia e pessoas que expressam preocupação com o conteúdo violento da música cantada durante o treinamento da Rotam. Nos mais de 450 comentários é possível perceber o quanto a questão está polarizada.
No vídeo, os policiais cantam uma letra que fala em “bater na cara e espancar até matar”, arrancar a pele e esmagar os ossos” e até em jogar um corpo na vala. A polícia, questionada pelo blog, diz que esse tipo de canção está caindo em desuso mas que não é proibido. Também afirma que isso não incentiva a violência.
Muitos internautas incentivam não só a violência cantada: chegam a dizer nos comentários que a violência deve ser aplicada nas ruas e defendem o lema “bandido bom é bandido morto”. Via de regra o argumento dos apoiadores é o mesmo. “E quando você for assaltado, vai chamar quem?” Várias opções são dadas nos comentários. Sobra até para o Batman resolver o problema e os policiais são tratados como heróis.
Por outro lado, existe um questionamento com relação a formação desses PMs. Na teoria, a polícia existe para proteger a população como um todo, respeitando as regras do Estado democrático de Direito. Há pedidos pela desmilitarização e comparações com grupos de extermínio – e até mesmo com o Estado Islâmico são feitos.
No campo de batalha virtual, os comentários são as armas: de um lado estão os que defendem uma sociedade formada “por pessoas de bem”, que só existe com o extermínio de “vagabundo”; do outro, quem teme que o incentivo à violência dentro da instituição seja uma forma de transformar o policial no temido bandido.
Confira algumas manifestações contra o vídeo:
Os defensores das músicas utilizadas no treinamento demonstram apoio aos PMs:
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