O dia 17 passou e Osmar Dias (PDT) seguiu sem formalizar nenhuma candidatura. Durante os últimos dias muito se especulou que ele poderia sair candidato ao Senado: depois da prisão de Beto Richa (PSDB), no último dia 11, Osmar teria sido procurado por aliados para disputar a vaga que parece em aberto.
Houve também quem cogitasse que Osmar, depois da inusitada desistência em início de agosto, pudesse tentar voltar a ser candidato ao governo do estado. O quadro parecia absolutamente favorável a ele, já que as prisões da semana passada trazem consequências graves para Ratinho Jr. (PSD) e Cida Borghetti (PP).
O blog apurou que houve conversas com João Arruda (MDB) e com Nelton Friedrich (PDT), os candidatos que teriam de desistir caso Osmar fosse assumir uma das posições. Nenhum dos dois se mostrou disposto a abrir mão da candidatura a essa altura.
O próprio Osmar diz não ter feito nenhum movimento sequer para voltar a ser candidato. A quem lhe pergunta, diz que é candidato apenas “a ser um bom produtor rural” e que não está interessado em cargos.
É impossível, porém, que Osmar não tenha pelo menos dúvidas se tomou a decisão certa ao abrir mão da candidatura. Chocado com a traição de Alvaro Dias (Podemos), que se aliou a Ratinho, ele lançou uma carta de desabafo e saiu da campanha.
DESEJOS PARA O PARANÁ: Diálogo e governabilidade
No entanto, hoje, com o grupo de Beto todo manchado por denúncias, delações e prisões, uma candidatura forte de oposição teria tudo inclusive para ganhar o governo no primeiro turno. Tarde demais. Com tudo o que aconteceu, são os herdeiros do governo de Beto que herdarão o seu espólio.