O secretário da Segurança Pública, Fernando Francischini (SD) não entrou na primeira leva de demitidos do governo do Paraná depois da batalha campal contra os professores no Centro Cívico. As três primeiras substituições foram na Educação (sai Fernando Xavier Ferreira, entra João Carlos Gomes); no comando da PM (sai César Kogut); e no Escritório de Representação em Brasília (sai Amauri Escudero, entra Cida Borghetti).
Mas isso em nenhum momento significa que Francischini esteja garantido no cargo. A violência policial foi seguida de manifestações de todo o país contra o governo. Francischini, como comandante da tropa, é visto como responsável pelos fatos e virou alvo dos protestos dos professores.
A estratégia do secretário, de colocar a culpa exclusivamente no comando da PM, rendeu seu fruto: Kogut, o comandante, saiu. Mas deixou os policiais furiosos com o secretário, que mesmo tendo responsabilidade preferiu botar tudo na conta dos inferiores. Numa instituição de hierarquia rigorosa, isso não pega bem.
Entre os deputados, a avaliação é de que o governador precisava entregar alguma cabeça para tentar pacificar os professores em greve. Tentou a do secretário de Educação. “Não adiantou muito”, diz um deputado próximo a Richa. “O Francischini, nesse cenário, pode ser o próximo da fila”, diz.
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