Há algumas coisas que devem servir como sinal de alerta para um governo. Uma delas é quando o líder da bancada do próprio partido se rebela contra os atos do governante. Foi o que aconteceu nesta segunda-feira na Assembleia Legislativa.
Quando o líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) anunciou que iria pôr em regime de urgência a reforma da previdência do funcionalismo, a bancada de apoio ao governo chiou. E chiou alto. Mas o mais curioso: o primeiro a se erguer foi Francisco Bührer, líder do PSDB no Legislativo.
“Quando o próprio líder do PSDB disse que não votava, os outros foram atrás”, disse um deputado da base de Beto richa (PSDB). Os deputados dizem que a culpa não é de Romanelli, embora achem que o líder devia ter avisado do requerimento de urgência pelo menos com um pouco de antecedência.
A irritação dos deputados é com o governo. Depois de terem entrado em um ônibus do choque para tentar votar a versão 1.0 do pacotaço, os deputados não querem nem saber de qualquer coisa que se pareça com um tratoraço na Assembleia. Mesmo sabendo que regime de urgência não é o mesmo que comissão geral, os parlamentares não querem arriscar.
Afinal, quem tem de enfrentar a rebelião do povão no interior, depois, são eles…
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