A nova tarifa do ônibus de Curitiba, a R$ 4,25, mostra que o plano de Rafael Greca continua sendo o que ele tinha anunciado na campanha: cobrar pelas coisas o que elas custam. O prefeito parece aproveitar o início do mandato, quando ainda tem caneta cheia, para fazer o mesmo que Beto Richa fez em 2015: aplicar um pacote de “maldades” logo de cara para ter dinheiro mais à frente.
Greca diz a todos os seus assessores o que não diz em público: que o arrocho de Beto Richa é um bom exemplo. Na opinião do prefeito, não adianta tentar fazer o papel de bonzinho e subsidiar o sistema com dinheiro que a prefeitura não tem de onde tirar. O melhor é fazer todo mundo torcer o nariz agora mas ter dinheiro mais à frente.
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No primeiro mês de mandato, Greca já enfrentou diversas dificuldades financeiras, apesar do visível apoio do governo Beto Richa. Houve quem duvidasse que o salário do funcionalismo fosse ser pago em dia. A prefeitura resolveu deixar para trás dívidas da gestão Fruet para conseguir pagar pelo menos a folha dos servidores.
Com a nova tarifa, Greca tenta apaziguar os empresários (que mantiveram uma longa guerra com a gestão de Gustavo Fruet), e reverter o caos do sistema, com a compra de novos ônibus para substituir os modelos com validade vencida e que ainda estão nas ruas. O risco é assustar o passageiro, que já tem fugido em quantidades cada vez maiores do sistema.
Sabe-se que Greca prepara mais “maldades’ para os próximos dias, principalmente para o funcionalismo. Mas o pacote ainda não foi revelado.
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