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Pacientes continuam sem encontrar 20 remédios nos postos de Curitiba

Unidade Boa Vista: ainda faltam remédios. Foto: Ivonaldo Alexandre/Arquivo Gazeta do Povo. (Foto: )

Após quatro meses da gestão de Rafael Greca, as unidades de saúde continuam com falta de mais de 20 remédios e insumos, segundo a própria Secretaria Municipal da Saúde. O secretário João Carlos Baracho diz que a esperança é que o segundo semestre seja mais tranquilo.

O blog ouviu dezenas de pacientes que reclamaram por não conseguir medicamentos básicos normalmente fornecidos pelos postos de saúde da cidade. Houve gente que diz ter saído sem paracetamol, dipirona, vermífugo, benzetacil e remédios para controle de pressão arterial.

Segundo o secretário, em média hoje faltam cerca de 20 itens nas unidades – isso pode variar de acordo com o dia. Ele diz que a dívida da gestão Fruet e o estado em que os postos estavam no início da gestão (com 39 itens faltando) são parte da explicação.

Baracho admite grande parte do problema e diz que sua principal missão agora é completar uma compra emergencial e criar um estoque regulador que dure pelo menos três meses. “Sou otimista. Acho que conseguimos resolver isso em 30 ou 40 dias”, disse ao blog, por telefone.

Ou seja: a solução definitiva ocorreria só no fim de maio. Ainda a tempo de Greca afirmar que resolveu o problema em 180 dias, conforme prometeu na campanha. Mas isso, dizem os gestores, depende do ajuste fiscal e dos fornecedores.

Veja abaixo alguns dos remédios que estariam faltando e o que a prefeitura tem a dizer.

Atenolol (usado para controle da pressão arterial)
Segundo Baracho, esse é o caso típíco em que a dívida criada na gestão anterior levou o fornecedor a suspender a entrega, por medo de ficar sem receber.

Ibuprofeno (antiinflamatório)
A prefeitura diz que o preço do medicamento subiu absurdamente e que a ordem foi trocar por outro produto com o mesmo efeito, o naproxeno.

Benzetacil (injetável)
Baracho diz que a secretaria tem boa quantidade de doses, mas que o produto está em falta no Brasil, e que por isso a escolha foi dar as injeções só para grávidas e parceiros,l para evitar a transmissão vertical da sífilis, que pode levar o bebê a ter má-formação.

Paracetamol (analgésico e antitérmico)
A prefeitura admite a falta do comprimido. Mas diz que o remédio está disponível em gotas.

Dipirona (analgésico e antitérmico)
A prefeitura admite a falta, e diz que está substituindo temporariamente o produto pelo paracetamol gotas.

Aas (anti-inflamtório, analgésico, antipirético)
A Secretaria de Saúde diz que o fornecimento do remédio foi normalizado neste mês.

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