Roberto Requião (PMDB) falou aos “queridos operadores da Lava Jato” na tribuna do Senado nesta quinta (14). Ele fez uma crítica à procuradora que pediu ao ex-presidente Lula não se referir a ela como “querida”.
O pedido foi feito durante o depoimento ao juiz Sergio Moro, que ocorreu em Curitiba nesta quarta (13).
Requião falou em defesa de Lula, alegando que o “querida” era um vício de linguagem. E ressaltou que a procuradora “protestou com veemência” contra a forma como o ex-presidente a chamava.
O senador disse que vai apresentar um projeto de lei nas próximas semanas para abolir o tratamento especial a todas as autoridades. Segundo ele, para acabar com a turma do “você sabe com quem está falando?”.
Moro não é “querido”
Realmente pode se tratar de um vício de linguagem do ex-presidente, talvez ele nem perceba quando fala. Acontece com todos. Mas vícios são o que são.
A questão não é só a turma que insiste em usar o odioso: “você sabe com quem está falando?” ou o “me chame de doutor”. Não nesse caso.
As autoridades masculinas da sala não foram chamadas de “queridos”. O “querida” pode ser a força do hábito, mas é também uma forma inconsciente de condescendência e paternalismo delegada especialmente à mulheres.
Colaborou: Camila Abrão.
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