O Supremo Tribunal Federal recebeu a primeira denúncia contra Eduardo Cunha em março deste ano. Até setembro, quando Cunha perdeu o mandato (e portanto o foro privilegiado) passaram-se seis meses sem que o caso avançasse.
Em junho, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez uma segunda denúncia formal contra Cunha e também pediu sua prisão (além de também solicitar as prisões de Renan, Sarney e Jucá). De lá para cá, se passaram quatro meses, e ninguém foi preso nem nada aconteceu.
Em setembro, porém, Cunha perdeu o mandato: um mês depois o caso chegaria de volta a Curitiba. Sergio Moro retomou o processo no dia 13 de outubro (semana passada). Deu cinco dias para a defesa. No dia 18, emitiu o despacho de prisão. No dia 19, Cunha foi preso.
É de se estudar se o STF tem realmente condições de tocar esse tipo de processo. O mensalão, que eclodiu em 2005, foi ser julgado sete anos depois, em 2012. Cunha, se ficasse deputado, estaria ainda livre, leve e solto.
Ou Sergio Moro é um apressado e não respeita as garantias constitucionais ou o STF é lento demais nesse tipo de ação. Dica: o Supremo tem mantido todas as prisões de Moro. Então parece que apressado demais eles não acham que o juiz seja…
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