Com informações de João Guilherme Frey:
Ninguém duvida a essa altura que vai haver aumento da tarifa de ônibus em Curitiba em fevereiro. A única dúvida é quanto ao preço que o usuário vai pagar, hoje em R$ 3,70. N a avaliação de quem vem acompanhando o assunto de perto, há dois valores na mesa: ou a passagem ficará em R$ 4,10 ou em R$ 4,20.
O cálculo da prefeitura sob Rafael Greca parece ser de que a tarifa tem de ser suficiente para pagar todos os custos do sistema. Como diz o próprio prefeito, “as coisas custam o que custam”. Hoje, além de subsídio de ISS, a prefeitura várias vezes tem enfrentado problemas para repassar a tarifa integral para as empresas, o que causa atraso de salários e ameaças de greve.
Além disso, as empresas de ônibus da cidade reclamam que a tarifa técnica (o valor de R$ 3,66 pago às empresas por passageiro) está defasada e que não é suficiente para pagar todos os custos. As concessionárias conseguiram inclusive na Justiça uma liminar que as libera de comprar novos ônibus por enquanto, em função desse déficit.
A conta com isso é de que Curitiba hoje tem mais de 400 ônibus rodando já com a vida útil vencida, o que leva a um maior número de problemas e a mais custos com manutenção. Uma tarifa técnica maior poderia levar à suspensão desta liminar e à compra de novos ônibus para o sistema.
No ano passado, na última negociação da gestão Gustavo Fruet, já circulou a informação de que as empresas desejavam tarifa técnica de R$ 4,00. Assim, o déficit nesse cálculo seria de R$ 0,34 por passageiro. Agora, os R$ 4,20 seriam mais ou menos o valor dessa tarifa técnica mais 5%. A inflação até o fim de janeiro deve ser de aproximadamente 6%.
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