Nas últimas semanas, os pré-candidatos ao governo do Paraná conseguiram proibir na Justiça a divulgação de nada menos do que três pesquisas de intenção de voto, de dois institutos diferentes.
Primeiro, foram Cida e Osmar que chiaram da pesquisa Radar, que supostamente beneficiaria Ratinho. Foram à Justiça, derrubaram o levantamento antes de sair. O Radar insistiu, fez outra pesquisa e publicou. Cida foi à Justiça e todo mundo teve de retirar o resultado do ar.
Nesta semana, quem atacou foi Ratinho. Entrou na Justiça e acabou derrubando a pesquisa Ibope. Os números já tinham sido divulgados, mas de novo os jornais tiveram de correr para apagar as matérias na Internet.
Os candidatos decidiram que pesquisa de intenção de voto está sempre a favor de alguém. E que, portanto, o melhor é tentar proibir toda vez que o adversário parecer beneficiado pelo novo levantamento.
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Não é difícil derrubar pesquisas. As exigências que a lei eleitoral faz para que um levantamento seja publicado são incrivelmente proibitivas. Sempre há alguma coisa a se contestar. E os juízes, até aqui, têm decidido que os argumentos fazem sentido.
Em 2010, Beto Richa ganhou a eleição para o governo ganhando na Justiça o direito de barrar todas as pesquisas que supostamente mostravam um crescimento do adversário, Osmar Dias. Seu advogado à época, Ivan Bonilha, como recompensa virou conselheiro do Tribunal de Contas.
Agora, parece que todo mundo aprendeu a lição. E o eleitor, pelo jeito, vai ficar sem saber a quantas anda a disputa.
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