Impedida de realizar suas atividades regulares devido a um bloqueio de recursos por parte do governo Beto Richa (PSDB), a UEM emitiu uma nota oficial na manhã desta sexta-feira. Na nota, redigida pelo Conselho Administrativo, a universidade repudia a ação do governo e exige o “imediato descontigenciamento” dos recursos.
A UEM chegou a falar nesta semana que terá de fechar as portas caso o governo não libere o dinheiro. Outras duas universidades estaduais do Paraná, a UEL e a Unioeste, estão na mesmíssima situação. Segundo a nota da universidade de Maringá, a liberação das verbas é necessária “para o bem do serviço público e para o bom funcionamento das atividades acadêmicas e científicas”.
A briga entre governo e universidades tem a ver com a autonomia garantida por lei às instituições públicas de ensino superior. O governo, com base numa decisão do Tribunal de Contas do Estado, exige que as universidades repassem o sistema de controle de recursos humanos para o Executivo. As universidades dizem que isso daria ao governo poderes que ferem a autonomia universitária: como decidir quem terá permissão para estudar o quê.
A UEM diz que não tem como comprar nem os insumos básicos para o seu funcionamento e os reitores dizem que se trata de uma retaliação do governo às universidades que não se submeteram à nova regra. O governo, por sua vez, diz que só está cumprindo o que o Tribunal de Contas ordenou.
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