Os vereadores de Curitiba chegam à sessão que decide a possível cassação de Katia Dittrich, nesta quarta-feira, sem ter claro qual será o resultado da votação. Ninguém sabe se haverá os 26 votos necessários para que a vereadora perca o mandato.
Katia foi denunciada por supostamente ficar com parte dos salários de seu gabinete. Vários servidores comissionados diziam ter sido forçados a dar dinheiro para ela, e apresentaram comprovantes bancários dos repasses.
A Comissão Processante, depois de recolher provas e ouvir depoimentos, votou dividida. O relator, Osias Moraes, pediu só a suspensão da vereadora. Os outros dois integrantes, porém, votaram por sua cassação – e é esse parecer que será votado na quarta.
Nos bastidores, os vereadores dizem que as contradições entre os depoentes podem salvar Katia da cassação. Foram essas mesmas divergências que levaram o relator a pedir apenas a suspensão – os dois outros vereadores, Toninho da Farmácia e Cristiano Santos, acharam que os indícios de coação são suficientes para comprovar quebra de decoro.
Ainda que não seja cassada, Katia provavelmente perderá o mandato por ter sido expulsa do Solidariedade. Como o mandato pertence ao partido, seu suplente, Zé Maria, pode reclamá-lo. No entanto, as duas punições são diferentes: a expulsão pelo partido não leva à inelegibilidade, o que significa que ela poderia disputar novas eleições já no próximo ano.
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