Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo

Top 5: Duro de Matar (e de acreditar)

Há quem torça o nariz para os filmes de ação, dizendo que este é um dos gêneros mais “rasos” da sétima arte. Ou que este tipo de produção só interessa aos homens sedentos por testosterona, que querem fugir de qualquer necessidade de pensar durante um filme.

Bobagem. Sempre fui contra comparações e acho temerário colocar lado a lado filmes como Sindicato dos Ladrões (1954) e Exterminador do Futuro (1984), por exemplo. Nem se trata de discutir qual tem o roteiro mais profundo, as melhores atuações, a direção mais competente. São propostas diferentes. Públicos diferentes? Não necessariamente. O mesmo apreço que tenho por explosões e tiroteios sustento por dramalhões existenciais. Acredito que com você ocorra o mesmo.

Voltando aos filmes de ação, poucos foram tão influentes quanto a série Duro de Matar (Die Hard), protagonizada por Bruce Willis no papel do policial John McClane. Para o bem ou para o mal, foi o personagem que marcou a carreira de Willis – tanto que 25 anos depois do primeiro filme, ele vai voltar a interpretar McClane nos cinemas, mês que vem.

Divulgação.
John McClane: salvando o dia com direito a algumas piadas infames.

Os filmes do estilo “exército de um homem só” já eram populares na década de 1980 (alguém aí lembra de Comando para Matar, com Schwarzenegger?), mas o primeiro Duro de Matar, lançado em 1988, trouxe novo frescor para o gênero. O herói passava a ser alguém de carne e osso, que fica mais sujo e ferido no decorrer da ação. Apesar de perseguido por todos os lados, não se leva tão a sério e tem tempo para disparar piadinhas infames e tirar onda com terroristas. Outra questão importante: esse mesmo herói é levado por fatores externos a ter de agir. Na maioria das vezes, cai de paraquedas numa situação extrema e tem que salvar o dia.

Essas foram algumas das referências trazidas pela série, que foram utilizadas à exaustão em uma infinidade de imitações. Nenhuma tão bem-sucedida quanto Duro de Matar. Talvez, justamente pelo carisma do personagem John McClane.

Por isso, o Top 5 desta sexta é em homenagem a essa série que há 25 anos nos diverte com algumas das situações mais absurdas e divertidas vistas no cinema.

Top 5: as cinco sequências de ação mais sacanas da série Duro de Matar

Importante: alguns dos vídeos que achei pela internet estão editados ou fazem parte de extras com bastidores da cena. E, se você ainda não viu os filmes, CUIDADO COM OS SPOILERS!

Duro de Matar 1 (1988): um alô para a polícia

Essa cena em especial vou ficar devendo (prova de que nem tudo se acha hoje em dia no You Tube). Apesar de não ser nem de longe a sequência mais movimentada do filme que inaugurou a série (e o melhor de todos, na minha humilde opinião), diz muito sobre o personagem de John McClane e o espírito da produção. Em dado momento, acuado nos últimos andares de um edifício ocupado por terroristas, McClane vê uma viatura da polícia chegar até o local para uma inspeção de rotina. Ele grita, tenta chamar a atenção do policial lá embaixo, e nada. Nos últimos momentos, quando o policial, ludibriado pelos bandidos, já rumava com a viatura para longe, eis que surge a surpresa. Sem opções, McClane joga o corpo de um dos terroristas mortos prédio baixo, que aterrissa nada suavemente no capô da viatura. Pronto, o circo está armado.

Duro de Matar 2 (1990): um isqueiro e um pouco de combustível

Essa é a sequência final do segundo filme. Após muita bagunça em um aeroporto, os terroristas sequestram um avião e estão prestes a se mandar quando McClane dá um jeitinho de chegar até a asa da aeronave. Ali mesmo, com o avião em movimento, luta com os terroristas. Leva uns sopapos e é jogado para o chão, não sem antes abrir a válvula de combustível. Resultado: o avião deixa uma trilha de diesel no chão e McClane, tranquilamente, acende o isqueiro. O combustível pega fogo pela pista e explode o avião que já estava no ar. Isso que eu chamo de viagem insólita.

Duro de Matar – A Vingança (1995): um passeio pelo parque

Neste filme, McClane, acompanhado por um taxista interpretado por Samuel L. Jackson, tem que correr contra o tempo para desativar uma série de bombas espalhadas por Nova York. Para fugir do tráfego, eis que ele decide “pegar um atalho” pelo meio do Central Park, a 100km/h. A sequência é movimentada, com pedestres e ciclistas inocentes se jogando para todos os lados. Por sorte, ninguém se feriu, claro.

Duro de Matar 4.0 (2007): carro x helicóptero

Essa sequência já entrou para o hall das mais virtuosas (e incrédulas) dos filmes de ação. Acuado dentro de um túnel, McClane joga um carro contra um helicóptero que estava na saída. O carro literalmente voa e atinge em cheio a aeronave. É ver pra crer (ou não). Detalhe: o mesmo artifício foi copiado na cara dura em Os Mercenários 2 (2012), dessa vez com uma moto.

Duro de Matar 4.0 (2007): caminhão x caça

Não satisfeito em derrubar um helicóptero, horas depois McClane enfrenta um caça F-35 no meio de um viaduto. O jato dispara mísseis contra o caminhão dirigido pelo intrépido herói e destrói parte da carroceria com uma saraivada de tiros. O viaduto desmonta ao redor do caminhão. Mas, ao fim, quem ganha a parada? Adivinhe.

**

E aí, qual a sua cena preferida da série Duro de Matar? Aproveite e deixe sua sugestão de Top 5 pra próxima semana!

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.