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Imagem - Prof. Daniela Tatarin/Divulgação
Imagem - Prof. Daniela Tatarin/Divulgação| Foto:

“É a pior banca, professora!” Isso é o que mais ouço quando o assunto é a prova discursiva elaborada pela FCC. Quer saber o motivo? Temas de natureza reflexivo-filosóficos. Pois muito bem, a convite do blog Concurseiros, vamos bater um papo sobre a Redação no concurso do TRE-PR.

Segundo o Edital, o gênero textual é o dissertativo. Para muitos, esse é o grande desafio. Parte do problema está no fato de ser mais conveniente, no que se refere às relações sociais, não se posicionar, afinal, não haverá julgamentos. Mas também há as limitações da própria prática da escrita, isso sem mencionar a leitura, pressuposto para bons textos. Um dado alarmante: segundo pesquisas, 44% dos brasileiros não leem.

Além disso, também há as particularidades da própria banca e da prova. A FCC assusta só pelo nome. A forma como a proposta é formulada e os critérios de correção não deixam por menos. Ultimamente, as questões têm apresentado apenas um pequeno trecho de texto: leia, interprete e escreva!

Quanto aos critérios de correção, os pontos atribuídos à redação são divididos em Conteúdo (40%), Estrutura (30%) e Expressão (30%). Diante disso, resta-nos um caminho a seguir: entender o padrão da banca e nos adequar a ele. Em redação, o ideal é trabalhar a estrutura tradicional de texto dissertativo: introdução em um parágrafo, desenvolvimento em um ou dois e conclusão em mais um. O uso das palavras de transição também pode seguir modelagem, já que a banca tem se mostrado bem satisfeita em relação à padronização. Faça uso de termos como “dessa forma” (continuidade), “além disso” (acréscimo), “por outro lado” (oposição) e “portanto” (conclusão). Há muitos outros – chamados de conectivos – que aparecem com recorrência entre os textos a que se atribuiu – pela FCC – nota máxima, como conjunções e pronomes.

Outro fator importante diz respeito à norma padrão. Não se permita errar concordância verbal e nominal, crase, regência (especialmente a verbal), colocação pronominal e pontuação, especialmente a vírgula. A perda de pontos em função de elementos como os citados aparece em múltiplos de 5!

E como fazer uma boa dissertação? Como gênero textual, dissertar pode ser cobrado em provas a partir de duas perspectivas: a expositiva e a argumentativa. A expositiva costuma ser em 3ª pessoa, o que dá mais leveza ao texto, em função da impessoalidade. Também há muitas informações: dados, conceitos, colocações e até mesmo falas de autoridades no assunto explorado. Já a dissertação argumentativa precisa ser convincente. Isso significa que, além do posicionamento, validado pelo argumento pessoal, deve-se fazer uso de argumentos externos, como autoridade ou dados, por exemplo. Sempre com referência à fonte das informações apresentadas e dando preferência à 3ª pessoa, embora possa ser utilizada a 1ª pessoa, sem problemas.

E como colocar isso tudo a favor da produção? O primeiro passo é entender o tema proposto. Pensar em todas as possibilidades a que aquelas palavras permitem chegar. A ideia é elencar os possíveis caminhos que o tema pode oferecer. Acredite, funciona.

Para finalizar, algumas recomendações importantes:

1 – Letra legível, sem rasuras.

2 – Escreva, pelo menos, 25 linhas e de 10 a 12 palavras por linha.

3 – Sem título.

4 – Utilize palavras de transição.

5 – Leia seu texto antes de passar à folha definitiva.

É como escreveu Pablo Neruda, “Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias”. Deixe abaixo seus comentários. Desejo a você uma excelente prova!

Prof. Daniela Tatarin
Redação para Concursos Públicos
www.facebook.com/ProfDanielaTatarin

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