Você está começando sua jornada como concurseiro? Para te ajudar nesse caminho, o blog Concurseiros pesquisou, em redes sociais, quais as dúvidas de quem, assim como você, vai engrenar nos estudos com foco na conquista de um cargo público. Veja abaixo as respostas para as principais questões que afligem os concurseiros iniciantes. Se tiver sugestões de assuntos que você gostaria de ler aqui no blog, deixe nos comentários.
1 – Por onde começar?
Acredite, o começo não é estudar o programa do edital. Antes dos estudos é necessário entender de governo, até mesmo para escolher a melhor carreira a seguir. Você pode achar que estar motivado a ter estabilidade e salário alto é um bom começo, mas, na prática, há pessoas que são aprovadas, tomam posse e poucos meses depois querem fazer um novo concurso porque não gostam do serviço prestado. Aventuraram-se na jornada de estudos sem compreender, por exemplo, que a União, cada estado, cada município e o Distrito Federal são pessoas jurídicas distintas e que, por meio das suas divisões (órgãos públicos) exercem atividades diferentes e oferecem aos seus servidores benefícios e direitos definidos em leis distintas (os chamados estatutos). Também é importante ressaltar que a União, cada estado, cada município e o Distrito Federal podem criar outras pessoas jurídicas do governo, a chamada Administração Indireta, que engloba as autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista, o que traz outras opções de concursos e, consequentemente, de cargos públicos.
Também é saber que existe concurso para servidor público, para empregado público (regido pela CLT) e para funções temporárias, com direitos distintos entre si. Portanto, quando estiver diante da possibilidade de um concurso, gaste algumas horas estudando quais serviços são prestados por aquela instituição pública, se o concurso é para servidor, empregado ou temporário, em qual cidade você irá exercer a função e quais serão as responsabilidades diárias. Tais informações você encontra no edital de abertura e no site oficial do órgão em questão. Parece até perda de tempo, mas a compreensão da instituição te trará conforto para estudar, te ajudará a entender matérias de conhecimentos específicos para a prova e evitará surpresas após a posse.
2 – Vagas Imediatas x Cadastro de Reserva
Em 2012 o Supremo Tribunal Federal proferiu uma decisão que se tornou uma espécie de “norma” para todos os concursos (federal, estadual, municipal ou distrital). Quem for aprovado dentro do número de vagas previstas no edital tem direito a nomeação. Já quem for aprovado além do número de vagas previstas no edital, automaticamente está em cadastro de reserva e poderá (ou não) ser nomeado durante o prazo de validade. Muitos concursos abrem apenas para cadastro de reserva porque no momento do concurso a vaga não existe, mas ao longo da validade haverá posse por conta de cargos vagos por aposentadoria. Outra possibilidade é o órgão optar por não divulgar as vagas no edital, mesmo que as vagas existam. A verdade é que, em qualquer caso, concurso apenas para cadastro de reserva, no geral, não é ilegal e não serve para arrecadar dinheiro, isso é teoria de conspiração. No caso de dúvida, é possível testar a credibilidade de um determinado órgão procurando as nomeações do concurso anterior.
3 – Preciso de quanto tempo de estudo por dia?
Você deve estudar todos os dias, especialmente para não esquecer o que já foi estudado, mas a quantidade de tempo é variável. A maioria dos aprovados garante que não é a quantidade de tempo que faz a diferença e sim, a qualidade do tempo. Estudar 8 horas por dia pode ser ótimo no curto prazo, como na preparação rápida entre o edital e a prova. Porém, no médio prazo há um desgaste mental e físico que impede que o candidato mantenha o mesmo ritmo até o dia da prova.
O importante é manter a regularidade. Estudar todos os dias da semana, de 2 a 4 horas, intercalando as matérias do programa (um tema por dia), de forma organizada, registrando o que já foi estudado e fazendo questões pelo menos uma vez por semana. Por isso a importância de ter um edital esquematizado (ou verticalizado) para organizar seu dia de estudos.
4 – Como organizar meus estudos?
Quando estiver estudando, apenas estude. Parece estranho, mas há candidatos que estudam muitas horas ao dia e pouco absorvem porque durante o período estão com os pensamentos em outros assuntos, com o celular ligado, conectados as redes sociais e outras situações roubam a atenção. Também não deixe para decidir “o que estudar” no dia. Pelo menos uma vez por semana faça uma programação do que será estudado dia a dia – para isso, vale uma agenda, uma tabela ou um edital esquematizado, como muitos que já foram publicados aqui no blog Concurseiros. Reserve tempo para fazer questões conforme o item a seguir e jamais se esqueça do sono, da alimentação e dos exercícios, mesmo que seja apenas uma caminhada de 20 minutos ao dia. Um corpo doente dificulta a absorção de conteúdo pelo cérebro.
5 – Estudar Teoria x Estudar Questões
Ambos são necessários, mas em momentos corretos. Sempre comece pela teoria, exceto matérias que dependem de resolução de questões para entender o procedimento, como a matemática. Saiba também quais questões resolver. Não importa muito a última prova daquele cargo, porque nem sempre é termômetro. Você precisa fazer questões da mesma organizadora que fará o concurso que você quer, e de provas ocorridas a menos de 18 meses, já que o objetivo de resolver questões é justamente entender como aquela banca transforma a matéria estudada em questões de prova.
Se você está estudando para um concurso que ainda não tem organizadora definida, utilize questões de pelo menos 4 (quatro) organizadoras. Sugiro escolher a Fundação Carlos Chagas (FCC), a Fundação Vunesp, o Cebraspe (antigo Cespe/UnB) e a Fundação Cesgranrio. Lembrando que alguns concursos usam a mesma organizadora faz anos, como os concursos de Auditor-Fiscal da Receita Federal que tradicionalmente escolhem a ESAF. Nestas situações você já pode direcionar as questões para uma determinada organizadora.
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