Imagine uma eleição para presidente em que houvesse apenas um candidato. Como forma de protesto, todos os eleitores brasileiros resolvem votar nulo. Apenas o candidato vota nele mesmo. O resultado? Ele está legalmente eleito.
O exemplo extremo é só uma amostra do efeito prático das campanhas favoráveis ao voto nulo. Apesar de ser um direito legítimo, é bom ficar atento no real alcance do protesto que você quer promover.
Outro exemplo: digamos que você quer protestar justamente contra o candidato ou partido com mais chance de vitória.
Imagine uma disputa presidencial restrita a um colégio com 100 eleitores. Se os 100 comparecerem e votarem em algum candidato, serão necessários 51 votos para uma vitória no primeiro turno. Se 10 votarem ou branco ou nulo, ele precisará de 46 votos.
Quer sair por aí pregando o voto nulo? O direito é seu. Mas é bom saber qual é o verdadeiro alcance dessa decisão.
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