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Vídeo mostra brasileiro usando crianças russas em brincadeira vulgar

Brasileiro abusa da ingenuidade de crianças russas em vídeo. Lado obscuro da Copa do Mundo 2018. (Foto: )

A polêmica detonada pelo vídeo de torcedores brasileiros que induzem uma russa a falar palavras obscenas chega agora às crianças. É a pulverização do assédio, baixaria e sexismo na Copa do Mundo 2018.

Agora circula nas redes sociais uma postagem de um brasileiro (com a camisa da seleção) pedindo para dois meninos repetir expressões chulas, do tipo ‘eu dou para o Neymar’. O vídeo, por questões óbvias de bom senso, não será reproduzido neste espaço.

Os casos de assédio na Rússia durante a Copa do Mundo são frequentes, conforme relatou o jornalista André Pugliese, enviado especial da Gazeta do Povo na Rússia. O crime que ganhou maior repercussão foi realizado por grupo de brasileiros – entre eles um policial militar – que usaram uma mulher russa para falar em português termos de baixo calão.

O PM é lotado em Lages, Santa Catarina, e a corporação promete abrir um processo administrativo para punir o servidor. Outro envolvido no caso, foi demitido nesta terça (20) pela Latam, após a repercussão negativa do caso.

No sábado (16), um outro vídeo postado nas redes sociais por um grupo de brasileiros que estão na Rússia para acompanhar o Mundial 2018 também causou grande repercussão. Nas imagens, ao menos cinco homens tentam convencer uma mulher russa a gritar uma referência constrangedora a ela própria.

No rastro desses episódios de mau comportamento de fãs, uma ativista russa acaba de criar um abaixo-assinado denunciando os homens vistos nas imagens. A petição registrada no site Change.org por Alena Popova, jurista e ativista que atua numa série de causas, entre elas a da defesa da mulher, já reuniu quase 300 assinaturas.

Em seu documento, Popova exige um pedido de desculpas dos torcedores que gritavam “essa é bem rosinha” em alusão à cor do sexo de uma jovem loira, lembrando que o comportamento viola leis russas como questões de ordem pública e respeito ao próximo.

Desde o início da Copa, policiais do país conhecidos pela atitude linha-dura vêm fazendo vista grossa para flagrantes violações da lei, como beber em público, por exemplo, e qualquer repreensão mais enérgica dos torcedores poderia ir na contramão de interesses do governo de criar um clima de paz com os estrangeiros durante o evento.

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