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Com liga nanica e modelo exportação, caçula Croácia chuta para o alto tradição na Copa

Modric comemora com a torcida a ida da Croácia à final da Copa 2018. Crédito: Jonathan Campos - enviado especial/Gazeta do Povo (Foto: )

DIRETO DE MOSCOU, RÚSSIA – Finalista da Copa do Mundo pela primeira vez, a Croácia chutou para o alto o tão falado ‘peso da camisa’ no Mundial 2018. Seleção mais nova entre as 32 participantes e com uma liga nanica na Europa, os croatas vivem um sonho na Rússia que pode ser coroado de vez no próximo domingo (15), na final diante da França, em Moscou.

Será mais um ‘gigante’ com tradição a ser derrubado. Nesta Copa, a Croácia já deu de ombros para esse tipo de cenário duas vezes. Derrotou a Argentina na primeira fase com autoridade (3 a 0) e, nesta quarta-feira (11), eliminou a Inglaterra, de virada, na semifinal.

A vitória histórica diante dos ingleses representou apenas o 22° jogo dos croatas em Mundiais. A seleção, que estreou em um amistoso em outubro de 1990, só foi reconhecida pela Fifa em 1993. No Mundial de 1998, na França, ficou com o terceiro lugar. E agora foi ainda mais longe e está a um passo do título mundial. Tudo isso com menos de 30 anos de existência.

Uma realidade inimaginável ao olharmos para o futebol local do país do Leste europeu. A Primeira Divisão da Croácia conta com apenas dez times. De acordo o site alemão Tranfermarkt, o campeonato tem um valor de mercado de R$ 697,5 milhões. É apenas o 19° mais valioso da Europa.

A Premier League inglesa, líder no quesito, é avaliada em R$ 33,75 bilhões, quase 50 vezes mais na comparação com a disputa croata. A Ligue 1, da França, país que lutará com a Croácia pelo título mundial, chega a R$ 12,6 bilhões (20 vezes mais).

Diante disso, é natural que os atletas com mais talento logo partam para ligas de maior nível técnico. No elenco atual da seleção, só dois dos 23 convocados atuam no país: o goleiro Livakovic e o meia Bradaric – ambos reservas.

“Somos uma nação com menos de cinco milhões de habitantes, não temos as melhores condições. Sabiam que vamos enfrentar esta mesma Inglaterra pela Liga das Nações daqui a três meses e nem estádio temos? O que faz a diferença é a vontade e a qualidade destes jogadores. A sensação de ir para a final é fantástica e já estamos na história”, exaltou o treinador croata Zlatko Dalic após o triunfo contra os ingleses.

É bem claro que o favoritismo será todo francês na final de domingo, às 12 h (de Brasília), no Estádio Lujniki. Porém, Modric, Rakitic, Mandzukic e companhia já deixaram bem claro que estão muito à vontade no papel de azarões. Que venham os Blues.

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