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Apenas uma mulher foi indicada para a disputa dos 22 cargos de comando do Legislativo

Deputada federal Luiza Erundina (Psol-SP). Foto: Nilson Bastian /Câmara dos Deputados (Foto: )
Deputada federal Luiza Erundina (Psol-SP). Foto: Nilson Bastian /Câmara dos Deputados

Deputada federal Luiza Erundina (Psol-SP). Foto: Nilson Bastian /Câmara dos Deputados

As eleições para os comandos da Câmara dos Deputados e do Senado evidenciaram um dos primeiros obstáculos para o aumento da participação das mulheres nos espaços decisórios: a não indicação, por parte dos próprios partidos políticos, de parlamentares mulheres para os principais postos das duas Casas.

Na Câmara dos Deputados, o Psol foi a única legenda a indicar oficialmente uma candidata mulher, a deputada federal Luiza Erundina (SP), que concorreu à cadeira máxima da Casa, vencida hoje (02) por Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O PSDB não indicou oficialmente a deputada federal Mariana Carvalho (PSDB-RO), mas ela manteve sua candidatura avulsa para a segunda-secretaria, gerando a desistência do nome oficial da sigla, Carlos Sampaio (PSDB-SP). Tucana de primeiro mandato, ela obteve 416 votos.

Ontem (01), na eleição do Senado, nenhuma mulher foi indicada para os 11 cargos disponíveis na Comissão Diretora da Casa.

Assim, do total de 22 cargos de comando no Legislativo, há apenas uma mulher para a gestão que se encerra apenas em fevereiro de 2019. Em relação à gestão anterior, houve retrocesso. Na Câmara dos Deputados, Mara Gabrilli (PSDB-SP) ocupava a terceira-secretaria; Erundina estava na suplência da mesma cadeira. No Senado, a quarta-secretaria pertencia a Ângela Portela (PT-RR).

MULHERES NA ELITE DO PARLAMENTO

Na última lista dos 100 políticos de destaque do Congresso Nacional, elaborada anualmente pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), a presença feminina foi proporcionalmente maior em relação ao número de cadeiras ocupadas por mulheres no Legislativo.

As mulheres representam atualmente apenas 9,28% do Congresso Nacional (são 52 deputadas federais e 12 senadoras), mas, na elite do parlamento, elas correspondem a 13% (seis deputadas federais e sete senadoras).

A ideia da lista do Diap é destacar, entre todos os 513 deputados federais e 81 senadores, aqueles que “se diferenciam dos demais pelo exercício de alguma habilidade”, como capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações.

 

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