Criado em setembro do ano passado, o Partido da Mulher Brasileira (PMB) chegou a ter mais de 20 parlamentares filiados – a grande maioria homens e sem afinidade com a bandeira da igualdade de gênero, o que rendeu críticas à nova sigla. Com o fim da “janela partidária”, há cerca de uma semana, restou apenas um, o deputado federal Weliton Prado, da bancada de Minas Gerais.
O fenômeno tem explicação. Até recentemente, uma das possibilidades de troca de partido, sem risco de perder o mandato, era a migração para legendas novas. Assim, parlamentares que estavam insatisfeitos com seus partidos foram “abrigados” pelo PMB, preservando seus mandatos.
Com a recente promulgação pelo Congresso Nacional da Emenda Constitucional 91, abriu-se uma “janela”: 30 dias para troca partidária sem risco de perder o mandato. A janela ficou aberta entre 18 de fevereiro e 19 de março, período em que o PMB perdeu quase todos os seus filiados na Câmara dos Deputados.
PARANAENSES
O “trampolim” foi usado por dois deputados federais pelo Paraná, Toninho Wandscheer e Assis do Couto, que quiseram sair do PT no ano passado e por isso se filiaram ao PMB. Toninho agora está no PROS e Assis do Couto foi para o PDT.
Outros paranaenses também aproveitaram a janela para trocar de partido. Christiane Yared, que está em seu primeiro mandato, saiu do PTN e foi para o PR. Insatisfeito no PSDB, Alfredo Kaefer migrou para o PSL.
Já o deputado federal pelo Paraná Nelson Padovani, que tomou posse no último dia 16 na cadeira de Valdir Rossoni, também não está mais no PSC, legenda na qual estava inscrito quando disputou as eleições de 2014. Padovani foi para o PSDB, mesmo partido de Rossoni.
TROCA DE CADEIRAS
Ex-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Rossoni se licenciou do seu primeiro mandato como deputado federal para assumir o comando da Casa Civil no governo do tucano Beto Richa. O primeiro suplente de Rossoni era Osmar Bertoldi (DEM), que, preso no mês passado, não pôde assumir a cadeira.
O segundo suplente era Reinhold Stephanes (PSD), que também assumiu uma pasta na gestão Beto Richa. Stephanes se tornou secretário de Administração e Previdência. Padovani, que já foi deputado federal na legislatura anterior, era o terceiro suplente. Sua base eleitoral principal está em Cascavel.
[Post publicado em 28 de março de 2016]
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