A quase cinco meses da eleição, segue o imbróglio que se formou no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), ou apenas Movimento Democrático Brasileiro (MDB), como a cúpula da legenda em Brasília resolveu adotar recentemente, na tentativa de dar uma nova roupagem à sigla de Michel Temer.
A mudança gerou contestação dos diretórios da sigla em Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, que foram até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar impedir o uso do “MDB”, como a agremiação era conhecida há mais de 50 anos, quando da sua fundação.
Na semana passada, o relator do caso no TSE, ministro Admar Gonzaga, indeferiu o pedido de produção de prova testemunhal formulado pelos diretórios das capitais sulistas e abriu um prazo de cinco dias para o Ministério Público Eleitoral se manifestar sobre o mérito da contestação.
Entre outras coisas, os três diretórios sustentam que a convenção nacional extraordinária de 19 de dezembro de 2017 não discutiu ou aprovou qualquer alteração estatutária, nem mesmo a alteração do nome do partido político para MDB.
Por trás disso, há também o debate ideológico, a despeito das formalidades envolvidas na mudança: para o grupo do senador Roberto Requião, presidente do PMDB do Paraná, o “velho MDB de guerra”, como volta e meia ele gosta de citar, não pode ser usado pela atual gestão, liderada por Romero Jucá, apenas para melhorar a imagem da sigla.
Enquanto isso, o PMDB – ou MDB – segue dividido.
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