Apenas dois dos 30 deputados federais do Paraná não devem entrar na disputa eleitoral de outubro: os pepistas Dilceu Sperafico e Nelson Meurer. Apesar disso, por serem detentores de mandato, ambos vão poder destinar fatias do Fundão Eleitoral para outros candidatos. A regra está prevista em uma resolução do Partido Progressista (PP), publicada no início do mês, e que trata dos critérios de distribuição do dinheiro do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.
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Em um dos trechos da resolução, o comando do PP define que “os deputados federais, de qualquer gênero, que não serão candidatos a nenhum cargo, poderão indicar qualquer candidato novo a deputado federal da sua preferência, ao qual será destinado o equivalente a 100% do valor resultante dos critérios fixados neste artigo que seria destinado àqueles se fossem candidatos à reeleição (…)”.
Se candidatos à reeleição, eles teriam direito, cada um, a R$ 2 milhões do Fundão Eleitoral para aplicar nas suas campanhas. Como resolveram não disputar o pleito, o mesmo valor poderá ser destinado a um “candidato novo”, escolhido por eles. Ou seja, embora tenham decidido ficar fora das urnas, ainda assim manterão influência na disputa.
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Tanto Meurer quanto Sperafico estão no sexto mandato na Câmara dos Deputados. Mas o segundo está atualmente licenciado, à frente da Casa Civil de Cida Borghetti (PP), pré-candidata ao governo do Paraná. Já Meurer responde a um processo disciplinar no Conselho de Ética, na esteira de uma condenação no âmbito da Operação Lava Jato, e pode perder o mandato antes de janeiro de 2019.