No quarto mandato como deputado federal, Rubens Bueno (PPS-PR) se manteve cético sobre a possibilidade de Luciano Huck sair candidato à presidência da República pelo PPS, algo agora publicamente descartado pelo próprio empresário e apresentador de TV, após um intenso período de conversas sobre as eleições de 2018. “Fiquei só olhando. Quando acontece com muita pompa, muito barulho, normalmente é mais ou menos como um rojão mesmo. Faz muito barulho e depois murcha. É a história do Dória, midiático, coloca a blusa do gari. E nós já vimos isso. Collor lá atrás deu no que deu. Não tinha expectativa sobre o Huck não”, revelou o paranaense, em entrevista hoje (28) à Gazeta do Povo.
Segundo Rubens Bueno, a iniciativa de conversar com o PPS, cogitando uma filiação, partiu do próprio Huck. “Foi uma decisão dele. Ele chamou as lideranças do PPS. A gente conversou. Mas não avançou. O que temos é a candidatura do senador Cristovam Buarque”, defendeu o parlamentar, embora reconheça que há resistência interna em torno do nome do ex-governador do Distrito Federal, especialmente entre integrantes da cúpula.
“Ele é um homem preparado, professor respeitado no Brasil e no mundo todo. A tese da educação, a grande alavanca do seu projeto, é fundamental para um país como o nosso. Mas, não há unanimidade. Tem gente que acha que ele não teria força eleitoral, que teria dificuldades para fazer alianças”, lamentou o pepessista.
Rubens Bueno acredita, contudo, que “ainda é cedo” para sair qualquer definição. O PPS do Paraná, sábado (25) último, já aprovou durante encontro em Curitiba o nome de Cristovam Buarque para a disputa a presidente da República, mas outras reuniões estaduais no restante do País estão previstas antes da deliberação nacional da sigla, marcada para março de 2018.
Já para a eleição ao governo do Paraná, o PPS aprovou o nome do prefeito de Guarapuava, Cezar Silvestri Filho, ex-deputado estadual. Nas duas últimas disputas, o PPS optou por apoiar o PSDB de Beto Richa, mas Rubens Bueno garante que Silvestri Filho quer levar a candidatura até o fim. “Em 2010 eu queria ter sido candidato [a governador do Paraná], mas não tive força dentro do partido. Acho que já contribuí. Agora precisamos de lideranças novas. E o Silvestri Filho é bastante determinado”, disse ele.