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Deputado federal Evandro Roman (PSD-PR). Foto: Antonio Augusto/Arquivo Câmara dos Deputados
Deputado federal Evandro Roman (PSD-PR). Foto: Antonio Augusto/Arquivo Câmara dos Deputados| Foto:

Incluído segunda-feira (10) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados pelos aliados do Planalto, o deputado federal Evandro Roman (PSD) foi o primeiro parlamentar do Paraná a se manifestar dentro da maratona de discursos no colegiado sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Temer. Iniciou falando que teria ouvido os paranaenses. “O povo voltou a ter esperança na economia”, disse ele.

Mas, ao longo de 15 minutos, mirou especialmente a PGR. Roman argumentou que “não há materialidade” na denúncia, que o procurador-geral da República Rodrigo Janot “insiste em atuar no campo político” e que “o povo não está nas ruas” porque estaria percebendo a “armação” contra o presidente Temer.

“Não me cabe aqui condenar ou inocentar o presidente Temer. Tampouco defendo a sua impunidade. Tendo em vista que ele, no momento oportuno, irá responder por isso. O que me cabe aqui hoje é emitir um juízo político sobre a admissibilidade da acusação. E me causou estranheza a pressa, a velocidade, e a apresentação de acusação que não revela indícios suficientes de autoria do crime”, afirmou Roman.

O paranaense ainda acrescentou que os acordos de colaboração firmados por Janot “são acordos de impunidade” e chamou a delação da JBS de “absurdo espetáculo dos irmãos açougueiros”.

Durante o discurso, Roman também aproveitou para tentar se defender da má repercussão em torno das manobras na CCJ conduzidas por aliados do Planalto. Desde o início do debate sobre a denúncia contra o presidente Temer, já foram mais de 20 trocas de membros do colegiado, sempre na tentativa de garantir votos a favor do peemedebista. O nome de Evandro Roman como titular da CCJ surgiu em tal contexto.

Roman negou ter recebido “recursos indevidos ou emendas” para votar a favor do presidente Temer. “Ninguém me procurou. Isso [a inclusão na CCJ] foi uma decisão de partido. Eu vim porque já tinha declarado o meu voto”, disse ele. Sua entrada na CCJ permitiu a saída de Expedito Netto (PSD-RO), que já havia se manifestado favoravelmente à aceitação da denúncia.

DISCURSOS

Os discursos começaram pouco depois das 11 horas de hoje (12) e podem avançar pela madrugada. O primeiro a falar, também em defesa do presidente Temer, foi o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP). O parecer do deputado federal Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que recomenda o prosseguimento da denúncia contra o presidente Temer, deve ser votado até sexta-feira (14) na CCJ, logo após o término de todos os discursos. Depois, o parecer segue para a deliberação do plenário da Casa. Para ser aprovado, é necessário o aval de ao menos 342 dos 513 parlamentares.

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