Três políticos do Paraná estavam presentes na reunião com o presidente Temer no domingo (21) à noite, no Palácio da Alvorada, para discutir a pior crise da gestão peemedebista, na esteira das delações de executivos da JBS. Entre as quase 50 autoridades que apareceram por lá, de acordo com a lista divulgada pelo Planalto, estavam o ministro da Justiça e da Segurança Pública, o deputado federal licenciado Osmar Serraglio (PMDB), além dos deputados federais Rubens Bueno (PPS) e Evandro Roman (PSD). O trio paranaense vai na contramão de boa parte dos aliados, que preferiu não aparecer, na especulação que corre em Brasília. Com a baixa adesão, o jantar inicialmente planejado foi trocado por uma reunião informal.
Serraglio, Rubens Bueno e Evandro Roman ainda não falaram publicamente sobre o que pensam do conteúdo das delações da JBS. O blog também não conseguiu contato com eles ao longo da tarde de hoje (22).
Ex-líder da bancada do PPS, sigla que trabalhou intensamente pelo impeachment de Dilma Rousseff, Rubens Bueno se calou no Twitter desde quarta-feira (17), quando o conteúdo da conversa entre o presidente Temer e Joesley Batista, dono da JBS, começava a ser revelado.
A legenda de Rubens Bueno parece dividida. Enquanto Roberto Freire (PPS) pede para sair da pasta da Cultura, Raul Jungmann (PPS) resolve ficar no Ministério da Defesa. Na “reunião da crise”, também estava presente o deputado federal Arthur Maia, que é do PPS da Bahia e tem nas mãos nada menos que a relatoria da reforma previdenciária na Câmara dos Deputados.
Já o PSD de Evandro Roman ainda não abandonou o barco. O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), também implicado na Lava Jato, era uma das autoridades presentes no encontro de ontem à noite.
Na Câmara dos Deputados, Evandro Roman é um dos defensores da agenda reformista do presidente Temer. Mas, assim como Rubens Bueno, ele ainda não abordou publicamente a delação da JBS. Sua última publicação no Facebook, há cerca de uma hora, era sobre o “Dia do Abraço”. “Um abraço deixa tudo melhor”, pregava a publicação.
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