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Maurício Fanini. Foto: Reprodução RPC-TV
Maurício Fanini. Foto: Reprodução RPC-TV | Foto:

A principal ação penal derivada da Operação Quadro Negro, em trâmite desde janeiro de 2016 na 9ª Vara Criminal de Curitiba, está agora chegando à sua etapa final, com o encerramento dos chamados “reinterrogatórios” – aqueles novos depoimentos colhidos de réus que mudaram de postura e passaram a colaborar com o Ministério Público para obter redução de eventual pena.

Ao menos três reinterrogatórios foram feitos ao longo da semana passada: o do Eduardo Lopes de Souza, dono da Valor Construtora, o do Gustavo Baruque de Souza (filho do Eduardo), e o da engenheira civil Viviane Lopes de Souza (irmã de Eduardo).

O depoimento de Eduardo Lopes de Souza, prestado no último dia 7, durou quase cinco horas. Ele repetiu o que já tinha dito em sua delação, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e divulgada pela imprensa no final do ano passado.

Agora, o último “reinterrogatório” previsto é o do engenheiro civil Maurício Fanini, considerado o pivô da Quadro Negro. No cargo de diretor de Engenharia, Projetos e Orçamentos da Secretaria da Educação entre 2011 e 2014, Fanini seria o responsável pela ponte entre empresários e políticos para fraudar contratos e desviar dinheiro, parte destinado, supostamente, à campanha eleitoral de 2014 do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB). O tucano nega.

Fanini está preso na carceragem da Polícia Federal em Brasília e, por isso, deve prestar seu “reinterrogatório” na ação penal que tramita em Curitiba via carta precatória, a ser cumprida dentro de 20 dias. Na prática, será a primeira vez que Fanini falará no âmbito desta ação penal depois de ter concordado em colaborar com as investigações, também na tentativa de obter um acordo de colaboração premiada.

As negociações com a Procuradoria-Geral da República (PGR) estariam quase concluídas, mas ainda faltaria a homologação por parte do STF. Todo o caso tramita de forma sigilosa.

Com o fim dos “reinterrogatórios”, o juiz que atua no caso na 9ª Vara Criminal de Curitiba, Fernando Bardelli Silva Fischer, já pode seguir para a etapa seguinte, que inclui alegações finais e a própria sentença.

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