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Senador Roberto Requião (PMDB-PR). Foto: Pedro França/Arquivo Agência Senado
Senador Roberto Requião (PMDB-PR). Foto: Pedro França/Arquivo Agência Senado| Foto:

Como costuma fazer em ano de eleições gerais, o senador Roberto Requião, presidente do PMDB do Paraná, se colocou à disposição da legenda para disputar a presidência da República. Em carta aberta, e encaminhada na terça-feira (15) à bancada do PMDB no Senado, Requião mantém a tradição e informa que está abrindo uma consulta entre os filiados com poder de voto na próxima convenção da sigla, em julho, para saber se ele tem ou não o apoio necessário para lançar seu nome como uma possibilidade ao Palácio do Planalto. “Embora essa iniciativa pareça solitária, tomo-a, para que ninguém, amanhã, possa dizer que me omiti”, justifica Requião, negando se tratar de um mero “ato de aventura”.

LEIA TAMBÉM: Requião e seu leque de possibilidades, desde a eleição de 2002.

“Acredito que todos partilham da mesma angústia que me tem assaltado nos últimos anos, quando reflito sobre o destino do Brasil e sobre o papel que nosso partido está desafiado a desempenhar no próximo quatriênio”, inicia Requião, que, a despeito da sigla que carrega, é uma das vozes mais críticas no Senado à gestão Temer (PMDB).

Na carta aberta, Requião cita a “depressão econômica sem precedentes”, o “sistema de seguridade social esgarçado”, e critica a tentativa de privatização da Eletrobras, pauta prioritária do governo federal hoje. “Este mesmo Governo, com nomes do PMDB, mas sem a alma histórica do MDB, recusa-se a tomar qualquer medida efetiva de combate ao desemprego, confiando nas forças “cegas” do mercado, para revitalizar a economia”, escreve Requião.

“Para tanto, estou disposto, desprovido de qualquer ambição pessoal que não o serviço ao povo, a apresentar meu nome à convenção do partido. Esta carta serve como consulta prévia aos convencionais, e se encontrar parceiros nessa empreitada seguirei em frente”, pondera ele.

Não é a primeira vez…

Não é de hoje que o senador Requião flerta com diferentes possibilidades de candidaturas no mesmo ano eleitoral. Há mais de 15 anos, pelo menos, tem sido assim.

No longínquo 2002, Requião também estava no Senado quando se lançou pré-candidato à presidência da República pelo PMDB de Michel Temer. Sua inscrição na convenção da sigla, argumentou na época, era uma maneira de insistir na candidatura própria do PMDB, descartando a aliança com os tucanos. Acabou derrotado na convenção.

Naquele mesmo ano, 2002, o PMDB local já contava com Requião para a cabeça de uma chapa ao governo do Paraná. Acabou vitorioso nas urnas – e reeleito em 2006.

Em 2010, narrativa semelhante: embora cotado para o Senado, o então governador do Paraná também colocou seu nome à disposição do PMDB para a presidência da República. Não vingou e ele foi eleito para 8 anos de Senado.

Agora, em 2018, Requião já se lançou pré-candidato ao governo do Paraná; embora também não tenha descartado a tentativa de reeleição ao Senado – algo mais provável do que a participação na corrida ao Palácio Iguaçu, e também ao Palácio do Planalto.

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