Marcada para 14h30 desta quarta-feira (8), a primeira reunião do Conselho de Ética pós-recesso não obteve quórum suficiente e foi cancelada. Até as 16 horas, apenas sete membros do colegiado tinham registrado presença. Para que a reunião pudesse ser aberta, é necessária a participação de, pelo menos, 11 parlamentares. Na pauta do encontro, estava prevista a apresentação do parecer preliminar do deputado federal Mauro Lopes (MDB-MG) sobre o caso do paranaense Nelson Meurer (PP), alvo de uma representação no colegiado protocolada pelo PSOL e pela REDE.
As duas siglas buscam a cassação do mandato de Meurer, por quebra de decoro parlamentar, em função da condenação pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, na esteira da Operação Lava Jato.
Relator do caso no Conselho de Ética, Mauro Lopes era um dos sete presentes. Para a Gazeta do Povo, ele confirmou que havia se preparado para apresentar seu parecer preliminar nesta quarta-feira, mas não quis antecipar qualquer posição sobre o caso. Entre os pares, ele é conhecido por “absolver” os colegas que se tornam alvos de representação. Lopes pode pedir o arquivamento da representação das legendas ou admitir o prosseguimento dela, com abertura de prazos para ouvir testemunhas e a própria defesa do paranaense.
Também presente na sala esvaziada do Conselho de Ética, o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) demonstrou preocupação com o tempo. Na hipótese de o relator admitir a abertura de um processo, o trâmite pode levar até 90 dias. Meurer encerra seu mandato em dezembro, e não deve disputar a reeleição. Chico Alencar não é membro do Conselho de Ética, mas estava lá representando o PSOL, um dos autores da representação contra o pepista.
A próxima reunião do Conselho de Ética está marcada para terça-feira (14). Nesta quarta-feira (8), registraram presença os seguintes membros do colegiado, além de Mauro Lopes: César Messias (PSB-AC), Hiran Gonçalves (PP-RR), Jorginho Mello (PR-SC), Marcos Rogério (DEM-RO), Pompeo de Mattos (PDT-RS) e Sandro Alex (PSD-PR).