Com o objetivo de proteger a operação Lava Jato, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) vai montar uma lista tríplice com possíveis nomes para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Os nomes serão entregues no dia 1º de junho ao presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e o ministro da Justiça Alexandre de Moraes.
Para o presidente da ADPF Carlos Eduardo Miguel Sobral, além de proteger a Lava Jato, a indicação do novo diretor-geral da PF através da lista tríplice garante o fortalecimento da instituição e afasta a possibilidade de intervenções políticas na atuação da PF.
“Os Delegados Federais acreditam que o presidente Michel Temer atenderá o anseio da instituição e designará o diretor-geral com base na lista tríplice a ele apresentada, a fim de reafirmar seu compromisso com a Polícia Federal e com a operação Lava Jato”, disse Sobral.
No seu primeiro pronunciamento como presidente em exercício, Temer garantiu apoio à Lava Jato. “A Lava Jato virou referência e precisa ser protegida de qualquer tentativa de enfraquecimento”, disse o peemedebista.
Por enquanto, os integrantes da força-tarefa não demonstram preocupação com a troca de governo. “Tenho certeza de que haverá responsabilidade na escolha de um diretor-geral [da PF] que mantenha a equipe e apoie a Lava Jato. Não tenho até agora nenhuma razão para duvidar disso ou ter qualquer temor”, disse um dos investigadores.
Para montar a lista tríplice, a ADPF abriu um edital com as regras de participação e o cronograma das atividades. Para se candidatar à votação, o delegado federal deve ocupar a última classe da carreira e estar em atividade. Eles passarão por sabatinas e debates entre os delegados.
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