Quando alguém fala em Umberto Eco logo vem à cabeça o grande romance que o tornou famoso nos anos 1980, “O Nome da Rosa”. Fez tanto sucesso que virou até filme com Sean Connery.
O problema, segundo Eco acaba de revelar ao Guardian, é que as pessoas só se lembram de “O Nome da Rosa”. Meio de brincadeira, Eco disse que às vezes chega a odiar o livro por causa disso.
“Às vezes eu digo que eu odeio ‘O Nome da Rosa porque os livros seguintes talvez fossem melhores. Gabriel García Márquez pode escrever 50 livros, mas ele sempre vai ser lembrado por ‘Cien Años de Soledad’ [‘Cem Anos de Solidão’]. Toda vez que eu publico um novo romance, as vendas de ‘O Nome da Rosa’ sobem. Qual é a reação? ‘Ah, um livro novo do Eco. Mas eu nunca li ‘O Nome da Rosa'”, disse ao jornal.
Segundo ele, outra coisa curiosa é que os críticos sempre pegaram no pé por ele ser um autor “difícil”.
“Eu sempre fui definido como erudito demais e filosófico, difícil demais. Então eu escrevi um romance que não é nem um pouco erudito, que é escrito em linguagem simples, ‘A Misteriosa Chama da Rainha Loana’, e dos meus romances esse foi o que vendeu menos. Então provavelmente eu estou escrevendo para masoquistas. São só os editores e alguns jornalistas que acreditam que as pessoas querem coisas simples. As pessoas estão cansadas de coisas simples. Elas querem ser desafiadas”, disse.
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