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Casamento, amor e família…(LX)
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“O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que
as pessoas escalassem o Everest ou fizessem
grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos
amássemos uns aos outros.”
(Chico Xavier)

Conversando com meu filho…

13 de dezembro de 2002, são mais de duas horas da manhã e novamente perdi o sono.

Filho, você progride rapidamente nas suas descobertas.
Sua avó Aninha te ensinou a dar tchau e todas as vezes quando dizemos “tchau” você abre e fecha suas mãozinhas dando um sinal como a sua avó ensinou.

Aprendeu a dar piscadinhas com seu pai e quase morri de tanto rir quando vi sua cara espremendo os olhinhos.
Você pisca uma, duas, três vezes e olha para o seu pai para ver se ele faz o mesmo.

Ensaia seus primeiros passos e quando não consegue engatinha a cem por hora para acompanhar tudo o que acontece à sua volta.

Adora um banho e quando seu pai vai para o chuveiro e você escuta o barulho da água, faz a maior festa para tomar banho junto e não importa se o banho é no chuveiro ou na banheira.

Você bate as mãozinhas na água e acha o máximo espirrar água para todos os lados.
Consegue ficar em pé dentro dela e se estica todo para pegar os frascos de shampoo para brincar como se fossem a maior novidade da face da Terra.

Todos ficam encantados com você.
Você é um garoto calmo, tranquilo, não é de fazer manha nem birra, fica sempre numa boa.
Não estranha ninguém e só se indispõe quando tem fome ou está com sono.
Passa a maior parte do tempo rindo e brincando como se nada fosse capaz de tirar seu bom humor.

Amanhã, dia 14, seu pai e eu iremos oficializar o nosso casamento e no dia 27 estaremos em Londrina para o Padre Jaime nos abençoar na mesma Igreja em que o batizamos.

Será uma cerimônia muito simples, apenas para os nossos padrinhos, pais e irmãos.
Te conto depois como foi este pequeno evento…
Um beijo, meu filho, fica com Deus.”

Lições que aprendi…

Costumo dizer que tudo nesta vida começa na célula familiar.

A base é construída sobre o amor e onde o colocaremos dentro do casamento.

Se o amor é colocado no respeito, no carinho, na amizade, na tolerância, na paciência, o casamento passará por muitas crises mas terá mais chances de sobreviver, amadurecer e vencer.

Mas, se o amor é colocado apenas no status social, na beleza, na aparência, no dinheiro e no que ele traz e representa, este, com certeza, será o retrato das separações litigiosas e da orfandade de pais vivos que muitas vezes presenciamos.

Independente de assinar ou não um documento, estar junto com o outro significa a continuidade da permanência, do compromisso de aceitação do outro pelo que ele é e para o que ele veio pelo tempo que durar.

Para mim, o amor nos universaliza, mesmo que este universo seja o meu pequeno lar ou o escritório onde trabalho ou a casa de uma amiga que visito.
Não importa.

Naquele momento, há exatos 10 anos, era a minha família que se formava, que dava os primeiros passos em direção ao exercício do aprendizado deixado por nossos pais, tios, avós. Meus e do Alexandre.

O que iríamos mudar, o que iríamos manter, ou melhorar e adaptar caberia ao nosso pequeno núcleo ou a nossa pequena célula como gosto de chamar para decidir, escolher colocar em prática.

Aprendi que cada família tem sua dinâmica. Semelhante à minha ou não.

Por algum tempo questionei o certo e o errado, até que me devolveram com uma pergunta: mas, certo e errado para quem?

Se somos seres únicos, o que funciona para mim poderá funcionar diferente para você, ou não funcionar de jeito nenhum. E única da mesma forma é a minha família.

Como disse, o que nos universaliza é o amor e peço a Deus que ele não seja mal interpretado ou mal usado.
Que ele não seja banalizado e confundido com sentimentos individualistas como o egoísmo e o preciosismo que infantiliza e adoece.
Que ele seja generoso e transformador.

Sobre o amor conjugal, uma vez, há muitos anos, ouvi da D. Antonia, mãe de uma amiga, dizer o seguinte:

…”Amar é quando encostamos a cabeça no peito do outro e conseguimos descansar em paz…”

Deus os abençoe.

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UM CANTINHO DO LEITOR:

Queridos leitores, peço desculpas pela minha ausência.
Por um lado fico bem feliz pelas visitas no meu último post: foram quase 9.000 acessos!
Por outro lado, bate a responsabilidade sobre tudo o que escrevo e publico.
De uma forma ou de outra, muito, muito obrigada por sua companhia.
Ainda tenho muitas histórias para dividir com vocês.
Um abraço,
Celi

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A proposta do DIÁRIO DE ANTONIO é a de um livro virtual.
Você poderá ler os assuntos alternadamente ou acompanhar desde o início capítulo por capítulo.

Também edito o DIÁRIO DE ANTONIO todas as terças e quintas no meu blog com o mesmo nome
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