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Nana Moraes da publicidade às manifestações populares

Nana Moraes (Foto: )

A fotógrafa que registrou mais de mil capas de revistas e editoriais de moda, explica a relação da fotografia com a narrativa e como da voz aos excluídos.

Por Fabiano Ferreira

A websérie traz no episódio desta semana uma entrevista com a fotógrafa Nana Moraes. Ela conta sobre sua trajetória e como entrou para o caminho da publicidade, onde fotografou mais de mil capas de revistas e editoriais de moda para todas as publicações do mercado no Brasil. Para ela, independente da área de atuação, a fotografia é um modo de expressão, uma narrativa. “Outro dia estava lendo uma matéria sobre Roland Barthes, onde ele fala que tudo é texto, e eu acredito nisso. Eu acredito que a fotografia é um texto que você escreve com a luz”, explica

Nana Moraes

Além do trabalho comercial, Nana se dedica a projetos fotográficos pessoais que lhe rendeu a trilogia DesAmadas. No primeiro livro, Andorinhas, a fotógrafa se dedicou às prostitutas de beira de estrada e agora está finalizando o segundo volume, chamado Ausência, no qual vai investir no tema da maternidade nos presídios. “Meu diálogo é com o sujeito que eu fotografo. O importante é trazer a complexidade do ser humano e dar voz às pessoas excluídas através do meu trabalho, e acho que estou conseguindo”, ressalta.

Inquieta, a fotógrafa acompanha o movimento das redes sociais e aproveita para desvincular suas fotos de um padrão. “Comecei a enxergar meu trabalho de outra forma. Ao invés de eu lamentar, como era bom quando tinham as revistas nas bancas, entendi que posso fazer uso dessas ferramentas novas e rever esse trabalho. Quando fotografo, busco uma expressão que seja maior que uma boa foto, pois o importante para mim é a narrativa”, conclui

Nana Moraes

 

Sobre o projeto:

De acordo com o diretor da websérie, Tiago Ferraz, a ideia de produzir o No Olhar surgiu da necessidade de encontrar informações sobre fotógrafos brasileiros compiladas em formato documental. “Hoje encontramos muitos tutoriais técnicos, mas ainda existe uma carência em conteúdo sobre linguagem fotográfica e sobre a trajetória dos fotógrafos.  Durante a produção da primeira temporada, percebemos que este projeto ia além de um simples registro e o que tínhamos em mãos era um acervo da memória da fotografia brasileira dos últimos anos”, complementa.

A busca pelo lado humanista dos entrevistados também aparece na contrapartida do projeto. Mais de 100 crianças da rede pública de ensino tiveram a oportunidade de aprender um pouco sobre fotografia, se deixando encantar pela arte, assim como relatou Walter Carvalho, no primeiro episódio. “Essa iniciativa é muito gratificante, pois promove a descoberta de novos talentos nas áreas menos favorecidas da sociedade”, acrescenta Ferraz

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