Mesmo já sabendo a bordoada que custaria um iPhone X no Brasil, foi impossível não soltar um palavrão ao saber dos valores oficiais do aparelho. São R$ 6.999 para a versão com 64 GB de memória interna e R$ 7.799 para a de 256 GB.
Você pagaria esses valores? Certamente muitos dirão que não, sem titubear. Já vi gente dizendo nas redes sociais que desta vez as vendas serão um fiasco. Mas saibam vocês que o aparelho, que ainda não tem previsão de chegada ao Brasil, venderá como pão quente, ilustrando as manchetes dos jornais com as tradicionais filas e fotos de compradores entusiasmados. Talvez até mais que no ano passado!
Por 3 motivos.
O primeiro já comentei aqui no blog: o principal atrativo de um celular de R$ 7.000 é custar R$ 7.000.
O segundo motivo é o mais interessante: este é um aparelho que realmente quebrou a mesmice dos modelos anteriores. Entre todas as novidades, a quase ausência de bordas e a tela OLED são as mais impactantes em termos de forma e função. Diferente do LCD, as telas OLED são as responsáveis por deixar o dispositivo mais leve e fino, funcionam melhor para quem passa o dia na rua sob diferentes tipos de iluminação e preservam mais a bateria — graças ao “preto verdadeiro”, que desliga individualmente cada pixel.
Quem me acompanha há mais tempo sabe o quanto sou fã de AMOLED e super AMOLED. Uso muito o smartphone para leitura, principalmente com os apps Palabre, Pocket e Kindle, e a experiência é bastante enriquecida. Detalhe importante: o display combina MUITO com aparelhos sem bordas, como o S8 e o Note8, deixando-os ainda mais lindos. Veja:
A ausência do botão home no iPhone X significará nova curva de aprendizado de gestos para navegar no smartphone. Talvez alguns usuários mais velhos e ranzinzas reclamem, mas no geral, o aparelho chamará a atenção por ser diferente e isso deixará os donos mais envaidecidos.
O último motivo é o mais intrigante: o iPhone X é um aparelho que passa por alguns problemas de produção, especialmente pela dificuldade de obtenção dos novos componentes. Isso o tornará mais raro. Muitos americanos passaram por difuculdades na pré-venda online. Outros já foram avisados que quantidades limitadas do produto chegariam às lojas. E houve os atrasos.
Todos esses imbróglios foram muito repercutidos pela mídia, blogs e fãs de iPhone. Curiosamente, a própria Apple, em especial, os alimentou. Fiquei com a sensação que foi proposital: enfatizar a escala reduzida da versão comemorativa do iPhone deu uma aura ainda mais exclusiva ao produto. Exigirá emprenho dos compradores mais afoitos que o queiram em mãos logo. Os primeiros donos já estão sendo bastante requisitados nas redes sociais, compartilhando suas primeiras impressões.
Uma fonte de uma operadora me confidenciou há algumas semanas que talvez o aparelho nem viesse ao Brasil esse ano, deixando o varejo apreensivo, já que o Natal é muito importante para nosso comércio. Ou, se viesse — em quantidade menor — os preços precisariam ser revistos… para cima.
Caro e raro como uma jóia. Diferente e chamativo. Sim, o iPhone X vai vender como pão quente. Preparem-se: nenhum aparelho será tão comentado nos próximos meses quanto ele.