Parte da elite do vôlei brasileiro engrossou a indignação nas redes sociais de eleitores com a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
O posicionamento mais duro foi de Nalbert, capitão do time campeão olímpico em Atenas-2004. Logo após a confirmação da vitória de Dilma, ele tuitou que era como “ser assaltado na rua e chamar o assaltante para tomar uma cerveja em casa”. Entre críticas e apoios, Nalbert disse que retomaria as aulas de inglês e retuitou mensagens críticas ao bolsa família.
No início da madrugada desta segunda-feira, as mensagens mais polêmicas haviam sido apagadas pelo ex-jogador. Ele postou no Instagram o avatar da campanha de Dilma (uma imagem estilizada da presidente quando jovem), com um desejo de boa sorte à petista e um aviso de que cobrará o que ela disse no discurso pós-resultado. Horas depois, o portal Uol publicou reportagem lembrando que Nalbert integra o programa “Embaixadores do Esporte”, do Banco do Brasil. Segundo a reportagem, há 20 dias o contrato foi renovado por mais um ano e Nalbert recebe uma bolsa mensal de R$ 10 mil para aparecer em eventos com clientes e projetos sociais do BB.
Jogando na Turquia, a campeã olímpica Scheilla fez três longas postagens no Instagram explicando seu apoio a Aécio Neves. A justificativa principal foi em torno da corrupção no governo petista. Após o resultado, Scheilla publicou uma mensagem de luto no Instagram e escreveu no twitter “Agora que não volto para o Brasil mesmo #vaiserigualcuba”. A exemplo de Nalbert, adotou um tom mais ameno na manhã desta segunda-feira.
Thaísa e Adenízia também publicaram mensagens de luto. Já o meio de rede Lucão foi mais agressivo, com direito a palavrões contra o PT e quem discordasse dele.
O Banco do Brasil é o principal patrocinador do vôlei brasileiro. Investe R$ 60 milhões anuais na modalidade, pelo contrato atual, renovado em 2012 e válido até 2016. Neste ano, o BB chegou a ameaçar romper o acordo por causa de desvio de dinheiro na CBV e multou a confederação em 60% do contrato nos primeiros meses de 2014 porque a entidade permitiu que a Nívea ostentasse o slogan “patrocinador oficial do banco brasileiro”. O BB tem direito a uso exclusivo do slogan.