A Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) suspenderam o início do calendário acadêmico dos cursos de graduação. O começo das aulas estava previsto para esta segunda-feira (19). Segundo as universidades, a decisão foi tomada porque não foi possível contratar a quantidade necessária de professores. As instituições argumentam que o governo do Paraná não autorizou a contratação de docentes temporários em número suficiente para dar conta da demanda.
Em um vídeo publicado na página da universidade, o reitor da Unicentro, Aldo Bona, afirmou que os estudantes de graduação não terão aulas na Universidade “até que nova realidade seja estabelecida”. Ele afirmou ainda que a medida tem o objetivo de evitar transtornos pedagógicos aos cursos da instituição e aos docentes.
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Além de UEL e Unicentro, a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) também enfrenta o mesmo problema e já anunciou que poderá suspender o calendário letivo na quinta-feira (22). Na Unespar, segundo informações da instituição, a contratação liberada pelo governo equivale a apenas 51% da carga horária mínima que a universidade necessita para o ano letivo de 2018.
A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) confirma que houve uma redução no número de horas-aula liberadas para a contratação de temporários em relação ao ano de 2017. De modo geral, a redução foi de 30%, mas em algumas universidades, como no caso da Unespar, chega a 50%.
A decisão de reduzir a contratação de temporários foi tomada pelo Comitê de Política Salarial, coordenado pela Casa Civil e pela Secretaria da Fazenda. Segundo a Seti, o secretário João Carlos Gomes vai se reunir com representantes do Comitê para retomar a negociação e buscar reavaliar a quantidade contratações autorizada pelo governo.
Relação estremecida
A suspensão do calendário acadêmico é mais uma rusga na relação entre governo do Paraná e as universidades estaduais. Os desentendimentos vêm desde o ano passado, quando o governo forçou as instituições de ensino a aderirem ao Meta-4, sistema unificado do Executivo que gerencia as informações de folha de pagamento. Algumas universidades resistiram à adesão e chegaram a ter verbas bloqueadas.
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