![Wilson Picler assume partido bolsonarista e promete virada ao centro Picler, que passou a maior parte de sua carreira política no PDT, assumiu o comando do Patriota no estado após o deputado estadual Ricardo Arruda (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)](https://media.gazetadopovo.com.br/vozes/2018/03/29-6a44eaf0.jpg)
O ex-deputado federal e dono do Grupo Uninter, Wilson Picler, é o novo presidente estadual do Patriota, antes chamado de Partido Ecológico Nacional. O empresário chegou ao diretório do Paraná com um discurso moderado que destoa da retórica do partido, mais alinhado à direita e à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). O Patriota chegou a tentar filiar Bolsonaro, mas o deputado saiu do PSC para o PSL.
“É um partido com um perfil atual, que os brasileiros estão buscando. Uma identidade nova para a política. Vamos conduzir o Patriota neste sentido, como um partido de orientação de centro, centro-direita, mas sem radicalismos”, afirmou Picler em vídeo em que aparece ao lado do presidente nacional da legenda, Adilson Barroso.
Segundo a assessoria de Wilson Picler, os diretórios do partido são independentes e uma condição que ele impôs ao assumir o Patriota no Paraná foi ter liberdade para escolher a qual candidato dará seu apoio. Ainda segundo a assessoria, o partido tem conversado sobre apoiar a candidatura de Álvaro Dias.
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Picler, que passou a maior parte de sua carreira política no PDT, assumiu o comando do Patriota no estado após o deputado estadual Ricardo Arruda, agora no PSL, deixar a legenda. Arruda tem tido dificuldades em viabilizar sua reeleição em seu nicho original, a Igreja Mundial, e tem buscado se alinhar cada vez mais a figura de Jair Bolsonaro.
Desde sua fundação, como Partido Ecológico Nacional, o Patriota tem sido fonte de contradições ideológicas. A pauta ecológica nunca foi levada a sério e o partido tem se notabilizado pela característica fisiológica e o perfil conservador. No Paraná, a legenda já esteve sob o comando do deputado federal Fernando Francischini, agora também no PSL. Com a negativa de Bolsonaro ao convite de filiação, a legenda perdeu a perspectiva de relevância no cenário nacional e passa por um processo de esvaziamento de poder político.
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