A convenção do PSDB do Paraná realizada no começo da noite desta quarta-feira (1) oficializou o nome do ex-governador Beto Richa (PSDB) como candidato ao Senado Federal. Fora isso, nada mais foi definido na convenção tucana. Como tem sido a regra das convenções partidárias nesta eleição, as decisões ficaram sob responsabilidade da cúpula do partido e devem sair apenas no domingo (5). A principal indefinição é se haverá aliança entre PSDB e o grupo da governadora Cida Borghetti (PP).
Nos discursos e nas conversas de pé de ouvido o tom geral era de otimismo em relação à coligação.
“Estamos nesse momento aguardando definições de coligações partidárias, de um grupo que nos acompanha há muitos anos e em muitas eleições […] Se for o desejo da consolidação dessa aliança, nos próximos dias, ou nas próximas horas estaremos nas urnas defendendo todos os nomes que por ela forem indicados, inclusive da minha vice-governadora e hoje governadora, Cida Borghetti”, afirmou Richa em seu discurso.
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Apesar do tom otimista, a ausência de Cida Borghetti e Ricardo Barros evidenciou que ainda há entraves ao acordo. Segundo Richa, eles justificaram a ausência dizendo que iriam para uma reunião em Brasília. O ex-governador afirmou que eles enviariam representantes, mas oficialmente ninguém foi citado pelo cerimonial do evento ou fez discurso como emissário do Partido Progressista.
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O que mostrou que ainda há alguma ponte entre os dois grupos foi a presença do candidato ao senado pelo PTB Alex Canziani, que está firme no grupo de Cida, e de representantes do PSB e do DEM, partidos que também estão na canoa dos Borghetti/Barros.
O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), que estava na convenção, disse que ainda acredita na aliança. Questionado se haveria alguma reunião entre os dois grupos para discutir o assunto, o parlamentar afirmou “até domingo tem encontro de manhã, de tarde e de noite”.
O evento
A convenção tucana foi muito mais modesta que em eleições anteriores. Realizado na sede do partido, no Alto da Glória, o evento não teve embate de teses partidárias e foi basicamente um encontro para lançar a candidatura de Richa. Como costumava ser o protocolo nos eventos do governo, todos os discursos teciam elogios a Beto e preparavam a plateia para o discurso do governador, que em pouco mais de 20 minutos de fala defendeu as realizações do seu governo – especialmente as decorrentes do ajuste fiscal – e criticou veículos de imprensa, a quem acusou de promover a desconstrução de sua imagem pública.
Assista à entrevista de Richa na convenção tucana
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