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Leonir Batisti, coordenador do Gaeco (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)
Leonir Batisti, coordenador do Gaeco (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)| Foto:

A Corregedoria Nacional do Ministério Público abriu um procedimento de reclamação disciplinar para investigar a ação dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Paraná (Gaeco) que pediram a prisão do ex-governador Beto Richa (PSDB). A decisão vem na esteira da determinação do Conselho Nacional do Ministério Público que prevê que pedidos de prisão que tenham impacto na disputa eleitoral sejam apurados.

A investigação foi aberta pelo conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello. Ele pede que a Corregedoria Nacional verifique cada um desses casos, “examinando os atos que foram praticados nos procedimentos preparatórios ou inquéritos nos últimos 24 meses para saber se ocorreram atos tendentes a acelerar ou retardar as investigações a fim de produzir tal coincidência temporal e consequente eventual impacto nas eleições”.

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No pedido de investigação, Bandeira pede que se investigue “a regular cronologia dos procedimentos preparatórios de tais ações (e se houve coincidência proposital com o calendário das eleições) e não mérito das acusações contra os candidatos, já que essa análise é de competência exclusiva do Poder Judiciário”.

De modo informal, promotores envolvidos na investigação que culminou com a prisão de Richa dizem estarem confortáveis em relação à abertura do procedimento, já que a investigação do Gaeco começou em maio deste ano, ou seja, não era um procedimento que estava parado há muito tempo e que foi reavivado para coincidir com o calendário eleitoral.

Na manhã desta sexta-feira (14), Claudio Franco Félix, presidente da Associação Paranaense do Ministério Público (APMP), disse em frente ao Gaeco que a operação que prendeu o ex-governador não foi um ato político.

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