Guardas municipais de Curitiba estão trabalhando com os coletes à prova de bala vencidos desde o dia 16 de outubro. A informação foi repassada pelo Sindicato dos Servidores da Guarda Municipal (Sigmuc), que confirmou a situação após receber denúncias anônimas membros da corporação. O sindicato estima que há cerca de 300 coletes vencidos. Em Curitiba, o efetivo da GM é de 1250 pessoas.
Segundo Luiz Vechi, presidente do Sigmuc, os guardas cujos coletes estavam prestes a vencer buscaram o setor responsável pela troca dos equipamentos, mas foram informados de que não havia mais coletes disponíveis e que os novos chegariam em cerca de três meses.
Vechi destaca que a mesma situação aconteceu recentemente com a Polícia Militar. Segundo ele, como os PMs que foram à Justiça receberam indenizações por terem usado o equipamento vencido, o Sigmuc deve seguir a mesma estratégia e pedir a reparação judicial pela situação. O sindicato já denunciou o caso ao Ministério Público do Trabalho.
Para Vecchi, como a validade dos coletes é de cinco anos, o caso demonstra falta de planejamento do Executivo.
A prefeitura diz que a situação ocorre porque houve atraso no processo licitatório para a aquisição de 475 novos coletes. A compra vai custar R$ 417,9 mil.
“O processo de compra iniciou no mês de fevereiro. Após o edital de resultado da licitação, uma das empresas participantes do certame entrou com recurso. Desta forma, foi necessário aguardar o prazo estabelecido em lei para dar seguimento à compra. Com a homologação do resultado, a empresa fez a solicitação da liberação obrigatória junto ao Exército. Com a liberação já concedida, a empresa vencedora da licitação deve começar a entrega da primeira remessa de coletes na próxima semana. Todos os coletes devem ser entregues até a primeira quinzena de novembro”, diz a Secretaria de Defesa Social, à qual a GM está vinculada.
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