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A postura dos senadores paranaenses na caótica sessão do Senado (e um bônus)

A sessão para escolha do presidente do Senado Federal demorou mais de cinco horas e terminou sem a proclamação do novo presidente. Entre brigas, xingamentos e confisco de documentos, os senadores paranaenses tiveram atuação tímida mais comedida que a de boa parte dos parlamentares que se deixaram levar pelo acirramento da discussão.

Alvaro Dias (Podemos), o primeiro paranaense a se manifestar, fez um apelo à maturidade e à responsabilidade pública dos colegas. Sem tomar parte entre o grupo de Renan Calheiros (MDB) ou de Davi Alcolumbre (DEM), ele defendeu que a sessão fosse conduzida pelo emedebista José Maranhão, mas que ele respeitasse a decisão do plenário de fazer a eleição com voto aberto.

A ideia também foi defendida por Flavio Arns (Rede), que apesar da personalidade pacata, fez um discurso mais incisivo contra o grupo de Renan. Ele afirmou que a tropa de choque do emedebista desrespeitou o plenário e disse que o Senado não poderia voltar atrás na questão do voto aberto.

“Chega de encobrir, de esconder, de tomar decisões à noite, em conchavos. Votamos e decidimos que o voto será aberto e isso não será revisto pela força, nem pelo grito”, afirmou Arns.

Oriovisto, que participava, como parlamentar, da primeira sessão plenária de sua vida não se manifestou.

Bônus

O bônus na atuação dos paranaenses foi Abelardo Lupion (DEM), que mesmo sem exercer mandato, circulou com desenvoltura pelo plenário, conversando e articulando com diversos senadores. Ele é assessor e correligionário do ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), tido como o grande artífice da candidatura e das decisões  tomadas por Davi Alcolumbre.

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