Quando decidiu apoiar a candidatura de Rodrigo Maia à presidência da Câmara dos deputados, o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, exigiu algumas contrapartidas, entre elas a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da casa. Com o posto garantido pela legenda, o nome indicado para presidir a CCJ neste ano deve ser o do deputado paranaense Felipe Francischini, filho do agora deputado estadual Fernando Francischini.
Deputado federal de primeiro mandato, Felipe diz que está “99% encaminhado” para que seu nome seja indicado para a presidência da Comissão. Ele explica que há correligionários de olho no mesmo cargo, mas o partido decidiu fazer um revezamento entre esses parlamentares. Sendo assim, os três postulantes criariam uma espécie de cronograma para comando da Comissão. Francischini deve assumir o comando em 2019 e nos dois anos seguintes assumiriam Bia Kicis (PSL-DF) e o Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG).
Felipe diz que sua experiência como deputado estadual no Paraná e sua capacidade de diálogo com todo o partido foram determinantes para que seu nome fosse escolhido em 2019, ano em que as atenções da Comissão deverão estar centradas na reforma da previdência.
A instalação da CCJ e a definição da presidência da Comissão devem acontecer ainda antes do Carnaval. Se Francischini for mesmo eleito, será o segundo mais jovem presidente do colegiado desde a Assembleia Constituinte – atrás apenas de Leonardo Picciani (MDB/RJ), que assumiu o posto dois meses mais jovem que Francischini.
Na CCJ, a média de idade dos presidentes desde a redemocratização é de 51 anos. Felipe Francischini tem 27.
Sobre a juventude e a inexperiência na Câmara dos Deputados, ele diz estar estudando os temas, especialmente a reforma da previdência. Para isso ele tem contado com a ajuda dos analistas legislativos da Câmara. O deputado informou que também está se dedicando ao estudo do Regimento Interno da casa.
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