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Senadores Flávio Arns (Rede) e Oriovisto Guimarães (Pode)  (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Senadores Flávio Arns (Rede) e Oriovisto Guimarães (Pode) (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)| Foto:

Nenhum dos três senadores do Paraná integra a bancada de oposição ao governo no Senado Federal. Ainda assim, Alvaro Dias (Podemos), Flávio Arns (Rede) e Oriovisto Guimarães (Podemos) criticaram a medida do Ministério da Educação de cortar 30% do orçamento de todas as universidades federais do país.

Flávio Arns

Em seu Facebook, o senador Flávio Arns afirmou que a medida “deve ser imediatamente revista”. Segundo ele, o impacto dos cortes será “extremamente prejudicial à continuidade das atividades da rede federal, que conta com 60 universidades e quase 40 institutos em todos os estados do Brasil”.

Ao falar especificamente da Universidade Federal do Paraná, da qual é professor licenciado do departamento de Educação, Arns afirmou que o corte vai atingir “diretamente despesas ordinárias como consumo de água, energia, contratos de prestação de serviços, restaurantes universitários, entre outros”.

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“No enfrentamento dos desafios de nosso país, a Educação sempre deve ser prioridade absoluta. Ao mesmo tempo, temos que ter o discernimento necessário para não deixar que visões ideológicas divergentes contaminem um debate que deve ser do Brasil. Devemos sim buscar a excelência em nossas universidades, mas isso só se constrói de forma conjunta e num esforço que deve unir toda a sociedade”, escreveu.

Oriovisto Guimarães

Fundador do Grupo Positivo e ex-reitor da Universidade Positivo, Oriovisto criticou sobretudo o modo como o corte determinado pelo governo foi implementado. Ele reconheceu a necessidade de corte de custos no governo federal diante da expectativa de déficit primário de quase R$ 130 bilhões em 2019, mas destacou que a medida do governo foi feita com um “raciocínio contábil, que não faz contato com a realidade da educação”.

“Se esse corte é inevitável, como o governo deveria proceder? Reunir os reitores, procurá-los e ver o que pode ser feito, quais gastos podem ser deixados para o ano que vem. Está v indo um corte sem conversar com ninguém”, afirmou Oriovisto.

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O senador ainda afirmou ver muitas incoerências nas críticas que o governo tem feito às universidades federais. “São críticas sem nenhum sentido, como desvalorizar filosofia e sociologia, isso é de uma tolice sem tamanho. A filosofia é a mãe de todas as ciências […] Concordo que as universidades merecem críticas, mas não essas”, afirmou.

O senador disse não ter sido procurado por nenhum representante da Universidade Federal do Paraná, mas caso isso ocorra disse que está à disposição para ajudar a construir um diálogo entre a instituição e o Ministério da Educação.

Alvaro Dias

O decano do Paraná no Senado Federal criticou o corte em plenário nesta segunda-feira (6). Ele também reconheceu a necessidade de reduzir a despesa federal, mas disse “que não se deve de forma aleatória estabelecer cortes em áreas essenciais como da saúde e educação”.

“Nós sabemos que há desperdício em muitas universidades, então é preciso identificar a área de desperdício para estabelecer o corte sem comprometer a educação […] Nós imaginamos que o governo nesse início tenha dificuldades em fazer avaliação do que é desperdício, do que não é, mas é fundamental que o faça”, afirmou.

Alvaro também questionou a justificativa inicial do Ministro da Educação, que disse que aplicaria os cortes em universidades que promovessem balbúrdia.

“Nós não podemos concordar que se anuncie um corte em razão de balbúrdia. E aí nós não sabemos exatamente o que consideram balbúrdia. É preciso identificar quem promoveu a balbúrdia, porque ao anunciar cortes em função de um ato de balbúrdia estará evidentemente prejudicando aqueles que são disciplinados e ordeiros. Você não pode tomar a exceção como regra”, disse.

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