O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) foi à China no mês abril apresentar projetos de infraestrutura do Paraná, sondar o interesse de empresas chinesas em disputar a execução dessas obras e buscar linhas de financiamento para viabilizá-las. Ratinho voltou com boas expectativas e aguarda agora a visita do CEO da China Communications Construction Company (CCCC), estatal chinesa que é a maior empresa de infraestrutura do país. O executivo viria ao Paraná na terça-feira (14), mas adiou a viagem. O governo espera que ele venha ao estado até o fim de junho.
O interesse estadual em dinheiro chinês não é exclusividade paranaense. Uma reportagem do jornal Valor Econômico publicada nesta segunda-feira (13) mostra que os governadores da Bahia, do Amapá, do Pará, de Pernambuco, Goiás, Paraíba e do Mato Groso também foram ou programam viagens à China. As iniciativas são independentes das relações exteriores capitaneadas pelo governo federal.
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O projeto apresentado por Ratinho Junior com maior entusiasmo foi a construção da ferrovia bioceânica, que ligaria os portos de Paranaguá, no Paraná, e Antofagasta, no Chile. Segundo o Valor, as prioridades apresentadas pelos baianos são o Porto Sul de Ilhéus a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que ligará Ilhéus, no litoral baiano, até Figueirópolis, no Tocantins. Os baianos já tiraram uma parceria com os chineses do papel. Em fevereiro foi assinado um contrato de parceria público-privada com a chinesa BYD para a construção do VLT metropolitano de Salvador.
De modo geral, o que anima os governadores é a possibilidade de conseguir financiamento para obras de infraestrutura a juros baixos. “Aqui paga-se muito caro pelo financiamento via bancos públicos, como BNDES, Caixa e Banco do Brasil”, disse ao Valor o governador do Amapá, Waldez Góes (PSD).
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