Na manhã desta terça-feira (21) as principais autoridades do governo do Paraná estavam no primeiro andar do edifício sede do Banco do Brasil, em Brasília, onde aconteceu a segunda edição do Paraná Day. O auditório com capacidade para cerca de 200 pessoas estava lotado de empresários, embaixadores, representantes de instituições financeiras e políticos paranaenses que acompanharam o governador e seus principais secretários na apresentação das oportunidades de investimento no estado.
Na área de concessões e privatizações, os representantes do governo do Paraná demonstraram entusiasmo especial com três projetos: a venda da Copel Telecom e da Compagás e a nova concessão das rodovias do estado.
Sobre a venda do braço de telecom da Copel, o presidente da estatal, Daniel Pimentel Slaviero, afirmou que esse é o último grande ativo de telecomunicações do país a ser privatizado e que o processo pode acontecer ainda em 2019. Ele explicou que a venda acontece porque o novo governo determinou que a estatal concentre sua atuação em seu negócio original, geração e distribuição de energia elétrica, e direcione seus investimentos ao estado do Paraná.
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Outra oportunidade para investidores, também apresentada por Slaviero, é a privatização da Compagás, estatal de gás natural. A venda da empresa ficou mais atrativa para o mercado sob a nova política econômica do governo federal que prevê uma revolução no setor com o fim do monopólio da Petrobrás. Com isso, o Paraná espera acompanhar esse movimento e tirar do estado o controle da Compagás.
O terceiro projeto em que governo do estado acredita ter capacidade de despertar o interesse do mercado é a nova concessão das rodovias que integram o Anel Viário, cujo contrato atual vence em 2021. A ideia do governo do Paraná, que auxilia a União nos estudos para a nova concessão, é aumentar a quilometragem concedida de 2,5 mil para 4,1 mil km. Com isso, diz o secretario de Infraestrutura, Sandro Alex, essa pode ser uma das concessões de rodovia mais interessantes para participação privada. Segundo ele, o processo está sendo chamado de superleilão.
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Para encorajar os investidores a participarem desses negócios, o governo reservou espaço para uma fala do advogado Fernando Vernalha Guimarães, um dos responsáveis pela concepção do marco regulatório de parcerias público privadas que foi aprovado recentemente na Assembleia Legislativa. O documento é a base legal para a expansão das PPPs no Paraná. Vernalha Guimarães falou sobre a importância da segurança jurídica dos contratos e de inovações como a possibilidade de prever a resolução extrajudicial de conflitos.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), que fez uma fala curta no início do evento afirmou que com essa disposição em atrair investimentos em infraestrutura o Paraná quer ser o grande centro logístico da América do Sul.
“Estamos aqui para convidá-los a gerar empregos e ganhar muito dinheiro no Paraná com as empresas que vocês representam”, disse.
Patrick Herman, embaixador da Bélgica no Brasil, elogiou a iniciativa de promoção do estado.
“Isso confirma a visão que temos do Paraná, que basicamente é um estado que vai direto ao ponto, foca na eficiência e demonstra bastante dinamismo. As apresentações foram técnicas e bem direcionadas. Sobre a Bélgica, somos um dos maiores investidores no Brasil e um dos maiores investidores no extremo sul do país, mas não tanto no Paraná. Estamos planejando focar mais em Curitiba e no restante do estado, já que faremos um evento no Paraná em outubro”, afirmou.
Além da Bélgica, também estavam presentes representantes da República Tcheca, Ucrânia, Canadá, Tailândia, Espanha, Paraguai, Colômbia, Itália, entre outros. Empresas como Renault, Positivo, Volkswagen, Tim, iCities e Montreal Informática também estavam representadas no evento.
De modo descontraído, quem resumiu bem os objetivos do evento foi o secretário chefe da Casa Civil, Guto Silva, que falou como um gerente que busca animar seus vendedores. Ele disse que os representantes do governo estavam com muitos cartões de visita no bolso e que a ordem era não perder negócio. Depois das apresentações formais, os secretários e demais representantes do governo tiveram conversas informais com os empresários e embaixadores presentes.
Ao fim do evento, quando os últimos convidados desfrutavam do coquetel oferecido aos presentes, um representante do governo comemorou o resultado do encontro. “Um embaixador me disse que tinha mais embaixadores aqui que ontem no Balé da China”, disse em relação ao espetáculo de dança que aconteceu em Brasília na segunda-feira (20) em comemoração aos 45 anos das relações comerciais entre Brasil e China.
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