A Câmara dos Deputados sofreu grande renovação, com 47% de deputados novos, mas nem todos eles receberão mobiliário novo nos apartamentos funcionais. Ainda assim o reforço no estoque de móveis para sala de jantar, copa e cozinha, além de pequenos utensílios para áreas de uso comum, como carrinhos e cestas de lixo, custou R$ 738 mil aos cofres públicos.
Só os móveis para salas de jantar – destinados a 48 apartamentos – custaram R$ 243 mil, incluindo mesas, cadeiras e bufês. A aquisição de 240 mesas de cabeceiras, de centro e de canto saiu por mais R$ 170 mil. Fogões de cinco bocas, refrigeradores e máquinas de lavar tiveram o custo de R$ 145 mil.
O contrato para a lavagem de cortinas e forros em imóveis funcionais por 12 meses foi assinado em 29 de novembro, ao custo de R$ 16 mil.
A aquisição de materiais condominiais, de uso coletivo, consumiu mais R$ 105 mil. Entre os equipamentos mais caros está um gerador de energia a gasolina, comprado por R$ 5,4 mil. Dezesseis contêineres custaram R$ 16 mil. O enxoval previu ainda 50 toalheiros para papel toalha, 70 reservatórios para sabonete líquido e 108 cestas de lixo de plástico. Sem falar dos 22 carrinhos de compra em arame galvanizado.
Manutenção cara
Para este início da legislatura, não está prevista a compra de camas e móveis para todos os apartamentos. Mas a despesa com a manutenção dos imóveis é fixa, como mostrou reportagem do blog publicada em 23 de novembro. O custo anual dos serviços de limpeza, vigilância, reparos, reformas e manutenção de elevadores fica em R$ 21 milhões.
As duas despesas mais pesadas são com serviços de limpeza, portaria e garagem – R$ 11 milhões por ano – e com vigilância nas áreas internas e externas dos blocos funcionais – mais R$ 6,5 milhões.
Reparos e manutenção em imóveis funcionais custarão R$ 2,4 milhões. Entre os serviços previstos está a instalação de banheiras de imersão e hidromassagem, com aquecimento. Uma banheira custa R$ 5 mil. A instalação de oito aquecedores e 15 moto-bombas deve custar mais R$ 29 mil. Os vasos Monte Carlo, que serão comprados para decorar os apartamentos, custam R$ 1,1 mil – um pouco mais do que o salário mínimo.
Nesse orçamento para manutenção não estava incluído, porém, os gastos com o fornecimento de energia elétrica às áreas comuns e privativas dos blocos de apartamentos funcionais – cerca de R$ 2,7 milhões por ano. A iluminação pública custa R$ 245 mil por ano, enquanto a energia elétrica dos blocos de apartamento custa R$ 2,4 milhões.
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