Após três anos no Bellator, o peso-pesado (até 120 kg) Augusto Sakai (9-1) vive uma nova realidade a partir deste sábado (11), na luta principal do Imortal FC 7. Seu adversário no octógono do Ginásio Max Rosenmann, em São José dos Pinhais, é o paulista Tiago Cardoso (7-2).
O curitibano de 26 anos não renovou contrato com a segunda maior organização de MMA do mundo e volta ao cenário nacional para um recomeço.
É aquela velha história de dar dois passos para trás para tentar avançar três no futuro.
“A realidade no Brasil é outra, né?”, admite Sakai, que deixa a segurança financeira de uma bolsa em dólar para receber um valor bastante inferior.
“Mas agora o mais importante é pensar na minha carreira, em ser um lutador ativo. Logicamente que há uma diferença salarial, mas não é o principal agora. Ganhar dinheiro é sempre bom, claro, mas preciso lutar mais”, emenda.
Ao todo, Sakai fez cinco combates no Bellator — com três vitórias, um empate e uma derrota. Entre julho de 2014 e maio de 2017, no entanto, ele competiu em média uma vez a cada sete meses. Muito pouco para quem sonha mais alto.
“O Bellator é um grande evento, vem crescendo, mas quero alçar voos maiores. Minha frequência de lutas era baixa, estavam dando uma cozinhada em mim nesse sentido. Não sei quanto tempo ou quantas vitórias vou precisar para atrair a atenção do UFC, mas não adianta abraçar o mundo todo de uma vez. Por enquanto, quero terminar o ano bem, com mais uma vitória no Imortal”, diz o dono de sete vitórias por nocaute.
O último, no entanto, já passou de dois anos. Foi contra Daniel Gallemore, no Bellator 183, em 2015.
“Gosto muito do nocaute, mas é aquela velha história: o importante é ganhar a luta. Com certeza vou buscar nocautear de novo. Faz um bom tempo que não consigo, então é uma meta para esse sábado”.