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Já viu isso? Mãe e filha adolescente estreiam no MMA na mesma noite
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O Gladiator Combat Fight 35, que acontece no próximo dia 15 de abril, em Curitiba, será especial para duas lutadoras novatas.

Aos 28 anos, Suelen Dacheri entrará no octógono para sua primeira luta amadora de MMA. Pouco depois, ela verá — ou pelo menos tentará ver — a filha Valeska Ketlin Antunes da Luz, 15, fazer a mesma caminhada do vestiário até o ringue.

“Meu coração vai estar a mil. Não sei se vou conseguir assisti-la lutar. Vou ficar ali escondidinha para ver se aguento”, diz Suelen.

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Mãe e filha treinam em família em Arroio Trinta, cidade de 4 mil habitantes no Oeste Catarinense. O técnico das duas é Ronildo da Luz, o Roni, pai de Valeska e marido de Suelen, que criou a enteada desde um ano de idade.

“É minha filha. Está comigo desde bebê, então considero como minha filha”, enfatiza.

Na semana passada, as lutadoras viveram uma prévia da estreia dupla no Gladiador. Ambas competiram em um torneio em Ponta Grossa, mas a modalidade era muay thai.

“Lutamos no Arena Fight 8. Eu ganhei minha luta. Minha mãe só adquiriu experiência”, brinca Valeska, que estava no córner durante o combate.

“Não consigo explicar o que senti no momento. Eu só torci, não consegui falar nada, meu pai que orientou. Foi uma coisa bem diferente, impactante”, admite.

Treino em família

Mãe e filha treinam há menos de um ano, mas a luta está na rotina da família há bastante tempo.

Roni dá aulas de diversas artes marciais todas as noites, após o trabalho na serralheria, no ginásio da escola da cidade. Lá, cerca de 20 alunos aprendem artes marciais gratuitamente.

Nos fins de semana, as aulas são em General Carneiro, cidade paranaense a 90 km de distância de Arroio.

“Limpamos um centro comunitário abandonado, onde acontecem os treinamentos. São umas 50 pessoas, desde crianças a adultos”, fala Suelen.

Valeska, que tem como inspiração Cris Cyborg, José Aldo, Rodrigo Minotauro e Anderson Silva, já sonha em se tornar profissional.

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Na cidade, ela já ficou conhecida como a menina que luta MMA.

“Minhas amigas me apoiam bastante. Sou a única menina da escola que luta. Na cidade tem judô, que é só derrubar. E agora eu apareci com troféus de muay thai e kickboxing, falando sobre as lutas, então elas ficaram motivadas e torcem por mim”, explica a garota, que tem duas vitórias e duas derrotas no cartel amador.

E agora está perto de lutar MMA na mesma noite que a mãe.  “Não estou com medo. Estou treinando bem, mas a estreia é diferente. Estou ansiosa”, revela Valeska, que enfrenta Polly Miiler, que treina quatro horas por dia e já tem três combates de MMA amador.

“A Valeska tem muito potencial. Tem que ouvir bastante o pai dela no córner. Quando ouve, se destaca”, aposta a mãe, que enfrentará Keismilyn Shayene no GCF 35.

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