A baiana Amanda Nunes entra no octógono do UFC neste sábado (8), em Las Vegas, com a responsabilidade de manter o Brasil no mapa dos campeões da organização.
O cinturão peso-galo (até 61 kg), conquistado pela Leoa em julho de 2016, é o que restou para o país criador do MMA. Desta vez, o desafio será contra a quirguistanesa naturalizada peruana Valentina Shevchenko.
Relembre abaixo todos brasileiros campeões do Ultimate:
Pesos-pesados (até 120 kg)
Rodrigo Minotauro Nogueira
A lenda do Pride tornou campeão interino do UFC ao derrotar Tim Sylvia em fevereiro de 2008. Quando tentou unificar o título, foi nocauteado por Frank Mir, em dezembro do mesmo ano.
Junior Cigano dos Santos
O catarinense reinou entre novembro de 2011 e dezembro de 2012. O cinturão foi conquistado com um nocaute em Cain Velásquez. Depois, Cigano ainda defendeu o título contra Frank Mir até perder a cinta na revanche com Velásquez.
Fabrício Werdum
Vai Cavalo se tornou campeão interino em novembro de 2014, ao derrotar Mark Hunt. Em junho de 2015, o gaúcho unificou ao finalizar Cain Velásquez. A queda aconteceu em maio de 2016, quando foi nocauteado por Stipe Miocic em Curitiba.
Meio-pesados (até 93 kg)
Vitor Belfort
O carioca conquistou o título no UFC 46, em janeiro de 2004, diante de Randy Couture. Em agosto do mesmo ano, o Fenômeno perdeu o cinturão para o mesmo adversário.
Lyoto Machida
O carateca se tornou campeão com um icônico nocaute sobre Rashad Evans, em maio de 2009. Em outubro, defendeu o ouro diante de Maurício Shogun Rua, em duelo de resultado polêmico. Na revanche do ano seguinte, Machida acabou nocauteado.
Maurício Shogun Rua
O curitibano teve um reinado curto no UFC. Foi coroado em maio de 2010, mas perdeu o cinturão logo no combate seguinte. O adversário era nada menos do que Jon Jones.
Médios (até 84 kg)
Murilo Bustamente
O carioca pode dizer que é um dos poucos campeões do UFC que nunca foi derrotado. Ele venceu a cinta em 2002, ao nocautear David Menne, e defendeu o título mais uma vez, contra Matt Lindland. Só perdeu a coroa porque assinou com o Pride, na época o principal palco do vale-tudo.
Anderson Silva
O Spider ainda tem o maior número de defesas de cinturão da história do Ultimate. São dez, empatado com peso-mosca Demetrious Johnson. O reinado do brasileiro durou entre outubro de 2006 e julho de 2012.
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Leves (até 70 kg)
Rafael dos Anjos
O carioca se tornou campeão de uma das mais difíceis categorias do UFC em março de 2015, quando dominou Anthony Pettis e venceu de maneira unânime. Em dezembro do mesmo ano, ele reforçou a boa fase com um nocaute sobre o durável Donald Cerrone. Coube a Eddie Alvarez tirar o brasileiro do posto, também por nocaute, em julho de 2016.
Penas (até 66 kg)
José Aldo
Aldo se tornou campeão do UFC assim que o evento incorporou o WEC, em 2010. A primeira defesa de cinturão do amazonense na bandeira do Ultimate, no entanto, só aconteceu em abril de 2011, contra Mark Hominick. O domínio durou quatro anos — com seis vitórias –, até Conor McGregor nocauteá-lo em dezembro de 2015.
Porém, como irlandês demorou a voltar ao octógono, Aldo ainda teve a chance de disputar — e ganhar — um título interino. A conquista veio com triunfo por decisão unânime contra Frankie Edgar, em julho de 2016. O cinturão provisório foi transformado em linear assim que Conor subiu definitivamente para os leves.
Só que o novo reinado do lutador da Nova União não teve vida longa. Max Holloway se tornou o novo campeão ao nocautear o favorito em junho deste ano, no Rio de Janeiro.Galos (até 61 kg)
Renan Barão
Assim como Aldo, Barão também teve uma trajetória conturbada no UFC. Ele se tornou campeão interino em julho de 2012, ao bater Urijah Faber. O potiguar fez mais duas defesas de cinturão interino até ser declarado campeão linear — Dominick Cruz perdeu o status por que ficou mais de dois anos sem lutar por causa de lesões.
Barão, então, venceu mais um combate como campeão (de novo contra Faber) até ser derrotado de maneira humilhante por TJ Dillashaw, em maio de 2014.
Campeões de torneios
Royce Gracie
Em 1993 e 1994, nos primórdios do UFC, Royce Gracie virou lenda vencendo gigantes. O carioca não só venceu as três primeiras edições que participou (UFC 1, UFC 2 e UFC 4), mas também provou a superioridade do jiu-jítsu contra outras modalidades em um tempo de confronto de artes marciais.
Marco Ruas
Pioneiro do crosstraining (combinar treinos de mais de uma arte marcial), Ruas venceu três adversários na mesma noite para se tornar campeão do UFC 7, em setembro de 1995. Naquele tempo, categorias de peso eram um sonho distante.
Vitor Belfort
Em abril de 1997, aos 19 anos, Vitor Belfort ganhou o apelido de Fenômeno. Ele nocauteou dois rivais na mesma noite para se sagrar campeão peso-pesado do UFC.