Por mais que o Atlético se esforce, não há como o sócio do clube engolir a mudança do Atletiba da Baixada para a Vila Capanema. Na briga por uma vaga à Libertadores, a equipe perde logo no clássico sua maior força no Brasileiro, o fator campo.
A tabela do Nacional foi conhecida dia 10 de março. E o show de Andrea Bocelli anunciado em 5 de maio. A diretoria do clube não viu a escala de jogos? E se consultou, não se informou adequadamente sobre a montagem do palco?
Ao menos para uma das perguntas acima, a resposta é “não”. E depois, todas as tratativas para remanejar a data são só desespero. O Furacão acreditava mesmo que o Coritiba ia dar esse mole de aceitar uma mudança de última hora? Está no seu direito.
O caso não surpreende. O Atlético de Mario Celso Petraglia tem mesmo dificuldade em conciliar os negócios com a bola. Normalmente, opta pelo primeiro. E não por acaso, precisa ficar prometendo que, finalmente, vai se dedicar ao esporte.
A atitude é também um tiro no pé para um clube em franca campanha por mais sócios. Sem serem consultados, sem chance de ressarcimento, os associados perderam uma das grandes atrações da temporada. O Rubro-Negro vendeu uma coisa e entrega outra.
Futebol não é só grana. É também, mas é sentimento, história, tradição, rivalidade. E os torcedores do Atlético estão demonstrando, claramente, que um Atletiba em casa vale muito mais do que qualquer show internacional.
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