O rompimento entre Atlético e Coritiba por causa do empréstimo do Couto Pereira enfraquece a dupla Atletiba em várias frentes que os rivais haviam assumido em parceria. Veja a lista de prejuízos em potencial:
Guerra com a FPF
Os dois principais clubes do estado são também os mais ferrenhos oponentes da administração de Hélio Cury à frente da Federação Paranaense de Futebol (FPF). Uma guerra por poder de bastidores que viveu no Estadual deste ano o ápice, com destaque para a batalha travada para a transmissão do Atletiba pela web. O distanciamento de atleticanos e coxas-brancas é uma excelente notícia para Cury e seus correligionários. E péssima para o futebol paranaense, que perde um ponto de conflito que, eventualmente, poderia trazer benefícios ao pobre cenário local.
LEIA MAIS: O dia em que Hélio Cury tentou ser maior que o Atletiba e se deu mal
Investidas na web
Atlético e Coritiba foram pioneiros na transmissão dos clássicos do Estadual pela web. Em parceria com Facebook e Youtube, os dois clubes conquistaram projeção nacional, e até internacional, mesmo que a iniciativa tenha significado ganhos financeiros modestos. Por questões de direitos de transmissão, somente o clássico local está livre para ser veiculado na internet. Com os dois separados, não há mais jogo algum que possa ser experimentado de forma independente fora da televisão.
PPV do Brasileiro
Com Palmeiras, Santos e Bahia, a dupla Atletiba formou um conjunto apelidado de G5, uma iniciativa para, em bloco, buscar uma divisão mais igualitária dos direitos de transmissão por pay-per-view do Brasileiro. Renda que ainda é dividida de forma consideravelmente desproporcional entre os clubes, com vantagem, como sempre, para Flamengo e Corinthians. Num terreno de difícil movimentação, a ruptura entre rubro-negros e alviverdes complica ainda mais a discussão. E, possivelmente, deixa os times mais longe de um mudança no esquema proposto pela Globo.
LEIA MAIS: Pay-per-view do Brasileiro: saiba como é a divisão da Globo que causa polêmica
Direitos de transmissão do Estadual
Atlético e Coritiba não venderam seus direitos de transmissão do Paranaense para a Rede Globo em 2017. Logo, não tiveram suas partidas veiculadas em TV aberta e PPV. A desunião deixa em aberto as possibilidades para a disputa do ano que vem. Com os clubes desunidos, como será a negociação? O Coritiba poderá mudar de ideia e aceitar a proposta da TV? O Atlético faria o mesmo? Ou ambos seguirão longe da TV aberta na temporada 2018. São dúvidas que só terão resposta ao final deste ano, quando se iniciam as negociações.
Acerto com a Primeira Liga
Descontentes com o novo modelo para a divisão das cotas de TV, Atlético e Coritiba abandonaram a Primeira Liga de mãos dadas. Na oportunidade, foi uma amostra inequívoca da parceria entre os maiores rivais do Paraná. Agora, brigados, o futuro da dupla na competição, que surgiu como um embrião de uma liga nacional, está em aberto, O Coxa, anteriormente, chegou a sinalizar um possível retorno.
Grama sintética do Atlético
Neste caso é um assunto que interessa quase somente ao Furacão. Na votação sobre a permissão ou não de gramados sintéticos no Brasileiro o Coxa votou a favor, ficou ao lado do rival, contra a proibição que acabou vitoriosa para a próxima temporada. Distanciado do Coritiba, o Atlético perde um aliado importante na tentativa de reverter o veto de clubes e da CBF.
LEIA MAIS: Coritiba votou a favor da grama sintética do Atlético na CBF; veja quais clubes apoiaram
Hugo Motta troca apoio por poder e cargos na corrida pela presidência da Câmara
Eduardo Bolsonaro diz que Trump fará STF ficar “menos confortável para perseguições”
MST reclama de lentidão de Lula por mais assentamentos. E, veja só, ministro dá razão
Inflação e queda do poder de compra custaram eleição dos democratas e também racham o PT
Deixe sua opinião